| Universidade de Leiden | 01/4/2017 |
Meninas autistas têm habilidades sociais relativamente boas, o que significa que seu autismo muitas vezes não é reconhecido. O autismo manifesta-se nas meninas de forma diferente que nos meninos. A psicóloga Carolien Rieffe e seus colegas do Centro de Autismo e INTER-PSY (Groningen) relatam suas descobertas na Revista Científica Holandesa Autismo (Wetenschappelijk Tijdschrift Autisme).
Informações sobre o autismo em meninas são escassas. O que sabemos sobre autismo baseia-se principalmente na pesquisa com meninos e homens. Isso pode ser um problema, explica a Professora de Desenvolvimento Psicológico de Leiden, Carolien Rieffe: "Se tomarmos o quadro clínico para meninos autistas como padrão, há uma boa chance de que o autismo em meninas não seja percebido. Para mudar isso, Rieffe e seus colegas examinaram como o autismo se manifesta nas meninas.
Estudo com adolescentes
Os pesquisadores analisaram o comportamento de 68 adolescentes, meninas e meninos, com e sem autismo. Como parte do teste, a pesquisadora fingiu ter ferido seu dedo no anel de um arquivo e exclamou: "Oh, isso doeu", enquanto apertava a mão com dor. Dois colegas pesquisadores analisaram posteriormente o vídeo para avaliar o quão empaticamente os participantes reagiam.
Responder à emoção ou resolver o problema
As meninas, tendo ou não autismo, reagiram com mais empatia do que os meninos. Rieffe explica: "Não encontramos diferenças entre os participantes com ou sem autismo. Mas vimos uma diferença qualitativa entre meninas e meninos. As meninas responderam mais frequentemente à emoção da pessoa que conduzia o teste com perguntas como: "Você está bem?" Os meninos, por outro lado, procuraram uma solução para o problema: "Se você fizer isso assim, você não vai pegar seu dedo."
Empatizar ou compreender verdadeiramente um conflito
Rieffe acrescenta que nem os meninos nem as meninas têm dificuldade em empatizar com as emoções de outra pessoa. No entanto, a capacidade de entender por que a pessoa se sente como eles muitas vezes é falha, tanto em meninas como em meninos autistas. Consequentemente, pode ser mais difícil para os adolescentes autistas reagir adequadamente a situações que envolvem questões de que os adolescentes gostam de falar, como se apaixonar ou um conflito com os pais.
Focalizando o pedido de ajuda
O que os resultados da pesquisa significam na prática para o prestador de cuidados? De acordo com Rieffe e colegas, as meninas autistas apresentam a grande vantagem de compreender muitas das regras sociais. No entanto, seus cuidadores não devem se enganar com isso, porque não indica necessariamente uma forte capacidade de empatia, ou habilidades de realmente ser capazes de formar boas relações sociais e amizades. Isso significaria que essas meninas poderiam se encontrar socialmente mais isoladas? É importante, ao tratar as meninas autistas, olhar quais são suas necessidades específicas. Isso pode exigir uma abordagem e estratégia diferentes daquela para meninos autistas.
https://www.universiteitleiden.nl/en/news/2017/04/girls-are-better-at-masking-autism-than-boys
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sexta-feira, 7 de abril de 2017
terça-feira, 21 de março de 2017
Vila Sésamo tem novo personagem - uma muppet chamada Julia, que é autista
| Adam Gabbatt | The Guardian | 20/03/2017 |
Julia, uma muppet com autismo, já aparece nos desenhos animados e livros da Vila Sésamo. Agora, fará sua estréia na TV em 10 de abril. Fotografia: Zach Hyman / AP |
"Queríamos lidar com o autismo em geral por causa do número crescente de crianças que são diagnosticadas com transtorno do espectro autista", disse Sherrie Westin, vice-presidente de impacto social global e filantropia do Sesame Workshop, a organização sem fins lucrativos por trás da Sesame Street.
"Sentimos que criar um personagem que fosse autista permitiria que as crianças se identificassem com ela mas, igualmente importante, nos permitiria modelar para todas as crianças as diferenças e as semelhanças de uma criança com autismo.
"Foi uma oportunidade para ajudar a explicar o autismo e ajudar a aumentar a consciência e compreensão."
Na segunda-feira, a Vila Sésamo lançou vários clipes de vídeo com Julia. Um a mostra sentada a uma mesa, pintando com alguns dos outros personagens. Garibaldo chega e diz "Olá!" a Julia, que continua com seu trabalho em vez de responder "olá".
Garibaldo e Elmo apareceram no Sixty Minutes da CBS em 17 de março, para conversar com o anfitrião Lesley Stahl. Garibaldo disse a Stahl que inicialmente ficou perturbado pela falta de resposta de Julia.
- Pensei que talvez ela não gostasse de mim - disse Garibaldo.
"Tivemos que explicar a Garibaldo que Julia gosta dele", disse Elmo. "Só que Julia tem autismo. Então, às vezes leva um pouco mais de tempo para fazer as coisas."
Sesame Street apresenta Julia à Associated Press.
Mais tarde no episódio - de acordo com um clipe visto pela Associated Press - Julia fica angustiada quando toca uma sirene.
"Ela precisa dar um tempo", Alan, o amigo humano dos muppets, explica calmamente. Julia logo relaxa e os amigos continuam jogando.
Outro vídeo mostra Elmo se aproximando de Julia, que está brincando com Fluffster por conta própria. Elmo vê que Julia está focada em sua própria atividade e comenta: "Nós podemos jogar lado a lado, às vezes."
"Há muitas maneiras de jogar", Elmo diz à câmera.
A criação de Julia é parte da iniciativa "Vila Sésamo e o Autismo: todas as crianças são surpreendentes". Sesame Workshop disse que consultou mais de 250 organizações e especialistas durante um período de cinco anos, antes de revelar o personagem.
Julia é interpretada pela marionetista Stacey Gordon, que disse à Associated Press que seu filho de 13 anos também tem autismo.
"O episódio 'Meet Julia' é algo que eu gostaria que os amigos do meu filho pudessem ver quando eram pequenos", disse Gordon. "Eu me lembro dele dando pitis e os colegas sem saber como reagir."
Vila Sésamo é apresentada no Brasil pela TV Cultura.
Sesame Street is adding a new character to its ranks – a muppet called Julia, who has autism.
https://www.theguardian.com/tv-and-radio/2017/mar/20/sesame-street-autism-muppet-julia
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Terapia com búfalos do Exército Tailandês faz crianças autistas sorrir
| Aneeta Bhole | 15/8/2016 | Daily Mail Australia |
Uma terapia nova e surpreendente, que permite a crianças autistas desenvolverem laços emocionais e sociais ao montar nas costas de búfalos, tem ajudado centenas de jovens na Tailândia.
Essa terapia é o único programa de autismo conhecido a usar búfalos, com crianças sentadas nas grandes criaturas e conduzidas em torno de um campo.
O pioneiro projeto de bufaloterapia do exército tailandês fica em Lopburi (Tailândia Central) e cresceu de apenas um punhado de pessoas até algumas dúzias delas atendidas semanalmente.
Uma série de dez fotografias mostra crianças montadas nos búfalos, enquanto membros do exército tailandês os conduzem pelo pátio.
Primeiro, as crianças recebem aulas de arte e música com os soldados, antes de ser levadas a um passeio de búfalo por uma hora.
Soldados os ajudam a interagir e praticar jogos ao montar o búfalo, que incluem minicorridas.
Um tratamento típico pode levar até 20 horas de montaria em búfalos distribuídas ao longo de várias semanas, com os médicos verificando o progresso ao longo do caminho.
O general Kajonsak Jonpeng, que organiza o esquema com outros soldados, disse que muitas pessoas têm "medo" de búfalos, mas as crianças com autismo são muitas vezes "atraídas por eles".
"Eles se tornam amigos e gostam do contato. Os pais dizem que nunca viram isso antes com seus filhos ou filhas.
"Vemos as crianças que se mostravam tensas e sem emoção, apresentarem sorrisos e risos no rosto."
Porque os búfalos são amigáveis e gostam das crianças, elas se divertem ao montar em cima deles, explicou o General Kajonsak Jonpeng.
"É um momento mágico, ver a emoção, adrenalina e alegria em seus rostos."
Equoterapia, que utiliza cavalos para crianças com autismo, tornou-se um tratamento alternativo popular nos últimos anos, com uma série de centros especializados em todo o mundo.
Mas o Projeto de Terapia com Búfalos é um marco na terapia do autismo e o único a usar esses animais para ajudar a tratar crianças com essa condição que lhes causa dificuldade em comunicar e formar relacionamentos.
O projeto começou quando um soldado que havia resgatado búfalos de fazendas e mercados precisava encontrar um uso para eles.
Os soldados tinham ouvido falar de tratamentos semelhantes usando golfinhos e cavalos e acreditavam que os búfalos teriam benefícios semelhantes.
Depois de vários testes positivos, eles decidiram continuar o programa e agora recebem crianças encaminhadas de escolas, médicos e hospitais por toda a Tailândia.
O tratamento também tem pessoas de Myanmar e Camboja recomendado através do boca-a-boca.
O general Kajonsak Jonpeng acrescentou: "As crianças autistas que têm montado búfalos mostraram melhorias no caráter, humor e confiança.
Carol Povey, diretora do Centro para o Autismo da Sociedade Nacional de Autistas (National Autistic Society's Centre for Autism - do Reino Unido), disse que esta foi a primeira vez que o búfalo foi usado para tratar crianças com autismo e disse que a organização "acolhe o desenvolvimento de novas iniciativas".
Ela diz: "A pesquisa mostra que os animais de estimação podem reduzir os níveis de estresse em algumas famílias, e também conhecemos muitas pessoas autistas e famílias que dizem que realmente se beneficiaram por estar com animais.
"Mas o autismo afeta cada um de forma diferente, então isso não beneficiará todas as pessoas autistas e pode ser devastadora para alguns, particularmente aqueles que são extremamente sensíveis ao ruído ou ao toque.
"Não nos deparamos com a terapia de búfalo antes, mas ouvimos falar de famílias que se beneficiaram ao interagir ou cavalgar com eles.
"Congratulamo-nos com o desenvolvimento de novas iniciativas que têm um impacto positivo sobre as pessoas autistas e suas famílias.
"No entanto, sem qualquer evidência não há razão para pensar que a terapia com búfalos pode ser melhor do que outras formas de apoio envolvendo animais".
"Nós também aconselhamos qualquer pessoa que pense em terapia animal, ou mesmo qualquer forma de intervenção ou apoio, a procurar informações confiáveis e robustas antes de tomar qualquer decisão".
Thai army creates one-of-a-kind buffalo therapy for autistic children to make them smile instead of being 'emotionless and tense'
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3741343/Thailand-buffalo-therapy-claims-help-autistic-children-form-emotional-bonds-build-social-skills.html
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Uma terapia nova e surpreendente, que permite a crianças autistas desenvolverem laços emocionais e sociais ao montar nas costas de búfalos, tem ajudado centenas de jovens na Tailândia.
Essa terapia é o único programa de autismo conhecido a usar búfalos, com crianças sentadas nas grandes criaturas e conduzidas em torno de um campo.
O pioneiro projeto de bufaloterapia do exército tailandês fica em Lopburi (Tailândia Central) e cresceu de apenas um punhado de pessoas até algumas dúzias delas atendidas semanalmente.
Uma nova terapia que vê crianças autistas desenvolverem habilidades emocionais e sociais montando búfalos alega ajudar centenas de jovens na Tailândia. |
Esta terapia é o único programa para autistas conhecido a usar búfalos, com as crianças sentadas sobre as grandes criaturas para dar uma voltinha. |
Primeiro, as crianças recebem aulas de arte e música com os soldados, antes de ser levadas a um passeio de búfalo por uma hora.
Soldados os ajudam a interagir e praticar jogos ao montar o búfalo, que incluem minicorridas.
Um tratamento típico pode levar até 20 horas de montaria em búfalos distribuídas ao longo de várias semanas, com os médicos verificando o progresso ao longo do caminho.
O general Kajonsak Jonpeng, que organiza o esquema com outros soldados, disse que muitas pessoas têm "medo" de búfalos, mas as crianças com autismo são muitas vezes "atraídas por eles".
"Eles se tornam amigos e gostam do contato. Os pais dizem que nunca viram isso antes com seus filhos ou filhas.
O Projeto Bufaloterapia é uma iniciativa pioneira do Exército Tailandês em Lopburi, Tailândia Central e cresceu de um punhado de pessoas a algumas dúzias. |
Soldados do Exército Tailandês ajudam as crianças a dar uma volta pelo terreno, fazendo jogos e simulando uma corrida. |
"Vemos as crianças que se mostravam tensas e sem emoção, apresentarem sorrisos e risos no rosto."
Porque os búfalos são amigáveis e gostam das crianças, elas se divertem ao montar em cima deles, explicou o General Kajonsak Jonpeng.
"É um momento mágico, ver a emoção, adrenalina e alegria em seus rostos."
Equoterapia, que utiliza cavalos para crianças com autismo, tornou-se um tratamento alternativo popular nos últimos anos, com uma série de centros especializados em todo o mundo.
É um momento mágico ver a emoção, adrenalina e alegria nos seus rostos. Como os búfalos são animais mansos e gostam de crianças, estas podem aproveitar enquanto os montam. |
A ideia da bufaloterapia inspirou-se na equoterapia e veio a se tornar um tratamento alternativo popular na Tailândia. |
Os soldados tinham ouvido falar de tratamentos semelhantes usando golfinhos e cavalos e acreditavam que os búfalos teriam benefícios semelhantes.
Depois de vários testes positivos, eles decidiram continuar o programa e agora recebem crianças encaminhadas de escolas, médicos e hospitais por toda a Tailândia.
O tratamento também tem pessoas de Myanmar e Camboja recomendado através do boca-a-boca.
O general Kajonsak Jonpeng acrescentou: "As crianças autistas que têm montado búfalos mostraram melhorias no caráter, humor e confiança.
Carol Povey, diretora do Centro para o Autismo da Sociedade Nacional de Autistas (National Autistic Society's Centre for Autism - do Reino Unido), disse que esta foi a primeira vez que o búfalo foi usado para tratar crianças com autismo e disse que a organização "acolhe o desenvolvimento de novas iniciativas".
Ela diz: "A pesquisa mostra que os animais de estimação podem reduzir os níveis de estresse em algumas famílias, e também conhecemos muitas pessoas autistas e famílias que dizem que realmente se beneficiaram por estar com animais.
Autismo, uma condição que afeta as habilidades sociais e emocionais, é posto à prova na bufaloterapia. Aqueles que são sensíveis a ruídos ou toque se beneficiam muito deste tipo de zooterapia. |
"Não nos deparamos com a terapia de búfalo antes, mas ouvimos falar de famílias que se beneficiaram ao interagir ou cavalgar com eles.
"Congratulamo-nos com o desenvolvimento de novas iniciativas que têm um impacto positivo sobre as pessoas autistas e suas famílias.
"No entanto, sem qualquer evidência não há razão para pensar que a terapia com búfalos pode ser melhor do que outras formas de apoio envolvendo animais".
"Nós também aconselhamos qualquer pessoa que pense em terapia animal, ou mesmo qualquer forma de intervenção ou apoio, a procurar informações confiáveis e robustas antes de tomar qualquer decisão".
Mas a Sra. Povey alerta que aqueles que pensam em terapias assistidas com animais, ou qualquer forma de apoio, devem procurar informações seguras e detalhadas antes de tomar qualquer decisão. |
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3741343/Thailand-buffalo-therapy-claims-help-autistic-children-form-emotional-bonds-build-social-skills.html
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Robert F. Kennedy Jr. diz que uma comissão de "segurança de vacinas" ainda está em andamento
| Meredith Wadman 15/02/2017 | Science |
O crítico da vacinação Robert F. Kennedy Jr. afirmou neste dia 15, em uma conferência de imprensa realizada no National Press Club, em Washington, que ainda conversa com a administração do presidente Trump sobre a criação de uma comissão para analisar a segurança das vacinas.
"Fui contatado três vezes pela administração desde [10 de janeiro] e me disseram que ainda seguem com a ideia de uma comissão," disse Kennedy. Ele não especificou quem, na administração, o contatou.
Kennedy foi convocado em 10 de janeiro para se reunir com o então presidente eleito e saiu da Trump Tower, em Nova York, para dizer à imprensa que Trump tinha lhe pedido que liderasse uma comissão de "integridade científica e inocuidade de vacinas". Algumas horas depois, um porta-voz referendou as declarações de Kennedy, dizendo que o presidente "está avaliando a possibilidade de formar uma comissão sobre o autismo (...) no entanto, nenhuma decisão foi tomada". O porta-voz acrescentou que Trump tem discutido "todos os aspectos do autismo com muitos grupos e indivíduos".
Hoje, Kennedy acrescentou que quando se encontrou com Trump em janeiro, ele "me disse que a indústria farmacêutica iria causar um alvoroço sobre isso", afirmando "Eu não vou voltar atrás". Mas Kennedy admitiu que "o que acontece dentro da administração é muito obscuro para qualquer um ... eu não sei dizer o que vai acontecer".
A Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário sobre as novas observações de Kennedy.
Mais de 350 organizações científicas e médicas, lideradas pela Academia Americana de Pediatria, escreveram a Trump em 7 de fevereiro, lembrando a ele que "As vacinas são seguras. As vacinas são eficazes. Vacinas salvam vidas."
Kennedy foi apoiado na conferência de imprensa pelo ator Robert De Niro, outro crítico da vacinação. Os dois anunciaram que um grupo chamado The World Mercury Project está lançando o Desafio Aberto a Jornalistas Norte-americanos de Ciências (e outros)", no valor de cem mil dólares, para indicar qualquer artigo publicado em uma revista científica revisado por pares e indexada no PubMed "demonstrando que [o Conservante] thimerosal é seguro nas quantidades contidas nas vacinas que atualmente são administradas a crianças americanas e mulheres grávidas".
Muitos ativistas antivacina fazem a afirmação amplamente desmentida de que há uma ligação entre o thimerosal, uma forma de mercúrio usada para impedir a contaminação bacteriana e fúngica de algumas vacinas, e o autismo. Os ativistas também acusam a substância thimerosal de ser responsável por outros distúrbios neurológicos.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças observam que numerosos estudos concluíram que o timerosal não é perigoso nas pequenas quantidades encontradas em algumas vacinas contra a gripe e em uma formulação de cada uma das vacinas contra o meningococo e o tétano. Especialistas em saúde pública observam ainda que, embora as pessoas raramente tenham reações às vacinas, seus benefícios em termos de vidas salvas e doenças evitadas superaram em muito os riscos. Cada ano nos Estados Unidos mais de 200.000 pessoas são hospitalizadas e entre 3.000 e 49.000 mortes ocorrem de complicações relacionadas com a gripe. Não está claro se algum estudo científico poderia provar definitivamente que qualquer aditivo de vacina é sempre seguro para todas as pessoas.
http://www.sciencemag.org/news/2017/02/robert-f-kennedy-jr-says-vaccine-safety-commission-still-works
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Plano de saúde condenado
| Glaucea Vacari | 14/2/2017 | Correio do Estado |
Plano de saúde Cassems foi condenado a cobrir o tratamento de uma criança com autismo e pagar R$ 15 mil de danos morais a uma criança de 2 anos com autismo, em razão da negativa de custear o tratamento do menino. Decisão é do juiz da 11ª Vara Cível de Campo Grande, Renato Antônio de Liberali.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a criança foi diagnosticada com Transtorno do Espectro do Autismo e médicos indiciaram tratamento multiprofissional com atendimento fonoaudiológico, terapia ocupacional duas vezes na semana e reabilitação com psicólogos pelo método ABA ( Applied Behavior Analysis no inglês, ou Análise do Comportamento Aplicada na tradução), o quanto antes, para melhorar as condições de vida do paciente. O Plano de saúde contratado pelo pai do menino se recusou a fornecer o tratamento, alegando que o método ABA não estava incluso no contrato firmado. Pais da criança entraram com ação pedindo o custeio do tratamento.
Em sua defesa, empresa afirmou que tratamento indicado não está previsto em resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que dita a cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde privados e, por conta disso, não teria obrigação de cobrir a terapia.
Embora o juiz tenha concordado que a resolução não mencione diretamente o autismo, ele evidenciou que se trata de um transtorno mental de neurodesenvolvimento, o qual, segundo a Agência Nacional de Saúde, deve ter todos os procedimentos para tratamento cobertos pelos planos de saúde.
Magistrado destacou ainda que a prestação de assistência médico-hospitalar está abrangida pelo Código de Defesa do Consumidor, que autoriza a revisão pela justiça de todas as cláusulas abusivas eventualmente inseridas no contrato com os planos de saúde. Deste modo, determinou que restrições no número de consultas cobertas pelo plano são nulas de pleno direito.
“Os limites apenas poderão ser estabelecidos pelo profissional, médico, que atender o paciente, pois será o único com condições de aferir quantas sessões de tratamento serão necessárias para cada caso e paciente”, ressaltou o juiz.
Quanto aos danos morais, Liberali entendeu que a recusa feita pela Cassems foi indevida, o que gerou demora no tratamento e, como consequência, aflição psicológica e angústia do pai.
http://www.correiodoestado.com.br/cidades/campo-grande/cassems-e-condenada-a-cobrir-tratamento-de-crianca-de-2-anos-com/297838/
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Plano de saúde Cassems foi condenado a cobrir o tratamento de uma criança com autismo e pagar R$ 15 mil de danos morais a uma criança de 2 anos com autismo, em razão da negativa de custear o tratamento do menino. Decisão é do juiz da 11ª Vara Cível de Campo Grande, Renato Antônio de Liberali.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a criança foi diagnosticada com Transtorno do Espectro do Autismo e médicos indiciaram tratamento multiprofissional com atendimento fonoaudiológico, terapia ocupacional duas vezes na semana e reabilitação com psicólogos pelo método ABA ( Applied Behavior Analysis no inglês, ou Análise do Comportamento Aplicada na tradução), o quanto antes, para melhorar as condições de vida do paciente. O Plano de saúde contratado pelo pai do menino se recusou a fornecer o tratamento, alegando que o método ABA não estava incluso no contrato firmado. Pais da criança entraram com ação pedindo o custeio do tratamento.
Em sua defesa, empresa afirmou que tratamento indicado não está previsto em resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar, que dita a cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde privados e, por conta disso, não teria obrigação de cobrir a terapia.
Embora o juiz tenha concordado que a resolução não mencione diretamente o autismo, ele evidenciou que se trata de um transtorno mental de neurodesenvolvimento, o qual, segundo a Agência Nacional de Saúde, deve ter todos os procedimentos para tratamento cobertos pelos planos de saúde.
Magistrado destacou ainda que a prestação de assistência médico-hospitalar está abrangida pelo Código de Defesa do Consumidor, que autoriza a revisão pela justiça de todas as cláusulas abusivas eventualmente inseridas no contrato com os planos de saúde. Deste modo, determinou que restrições no número de consultas cobertas pelo plano são nulas de pleno direito.
“Os limites apenas poderão ser estabelecidos pelo profissional, médico, que atender o paciente, pois será o único com condições de aferir quantas sessões de tratamento serão necessárias para cada caso e paciente”, ressaltou o juiz.
Quanto aos danos morais, Liberali entendeu que a recusa feita pela Cassems foi indevida, o que gerou demora no tratamento e, como consequência, aflição psicológica e angústia do pai.
http://www.correiodoestado.com.br/cidades/campo-grande/cassems-e-condenada-a-cobrir-tratamento-de-crianca-de-2-anos-com/297838/
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