quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Em Nova Jérsei, fiéis aprendem a incluir crianças autistas

| 02/05/2009 | Lindy Washburn | ContraCosta Times | The Record (Hackensack N.J.) |

Congregações religiosas do norte de Jérsei devem caminhar no sentido de incluir pessoas com autismo nas suas atividades - mesmo que elas não saibam dizer "Amem". O recente programa do Colégio Caldwell pretendeu ensinar aos participantes como igrejas e sinagogas podem ser mais receptivas a pessoas cujas habilidades de comportamento, comunicação e socialização saem fora das normas.

-"Não é justo pretender que crianças com autismo aprendam a sentar-se quietas para irem à igreja com o resto de nós" - disse Mary Beth Walsh, professora adjunta de Teologia e mãe de um menino autista. -"Queremos que nossas comunidades religiosas tomem a vanguarda e mostrem como a inclusão trabalha."

O programa atraiu cerca de 50 pessoas ao Colégio católico, líder no treinamento de educadores em ABA (Análise do Comportamento Aplicada).

Uma em cada 94 crianças nascidas em Nova Jérsei tem o diagnóstico de autismo, de acordo com os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças). Mais de 150 mil pessoas no estado tem deficiências de desenvolvimento.

Para Walsh, "um grande grupo de pessoas lá fora, esperando para ser incluídas". Ela conta como, ao longo de 3 anos, gradualmente levou o filho à participação nas atividades da igreja e ás aulas de religião. Ele aprendeu que o pão da Comunhão é especial. Praticou ir de joelhos do fundo da igreja ao altar para receber a Primeira Comunhão. Orgulhoso de suas conquistas, prestava atenção às aulas, conta sua mãe.

Mas os pais dizem que é muito duro encontrar uma casa religiosa. Enquanto 36% das famílias de crianças com desenvolvimento típico tem uma "forte afiliação" com suas comunidades religiosas, apenas 19% daquelas que têm crianças no espectro autista dizem o mesmo, segundo recente estudo citado por Walsh.

Uma mãe contou que, ao começar a levar o filho à igreja, sentiu-se "quebrar por dentro", com a dor do diagnóstico e os desafios diários que encarou. Mas, na medida em que as pessoas olhavam para trás quando seu filho fazia barulho, sentiu-se rejeitada.

Para os Católicos, como para as religiões mais tradicionais, "acolher pessoas com deficiência é parte da missão", afirmou Anne Masters, diretora da Pastoral das Pessoas com Deficiência da Arquidiocese Católica de Newark.

-"É parte de nosso ensinamentos" - ela disse. "Só temos de aprender".

Faiths learn to include autistic children
http://www.contracostatimes.com/nationandworld/ci_11636126?nclick_check=1

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