sexta-feira, 11 de março de 2011

Não há epidemia de autismo, sugere estudo norueguês

Não há epidemia de autismo, sugere estudo norueguês

| Tradução: Alexandre Mapurunga | Coleta do texto: Fábio Adiron |

Science Daily (28 de fevereiro de 2011) -
Um sub-estudo do Distúbios do Espectro do Autismo (ASD), liderado pela MS. Posserud foi realizado como parte do Projeto "Barn i Bergen" (Crianças em Bergen). O estudo mostra que o diagnóstico de ASD pode ser aplicado a um por cento da população.

ASD é um termo coletivo para diagnósticos tais como o autismo (autismo infantil), síndrome de Asperger, autismo atípico e outros traços autistas. Os sinais clássicos de comportamento autista incluem dificuldades de comunicação, poucas habilidades sociais, comportamentos repetitivos e interesses muito específicos.

Resultados diferentes


Um estudo realizado em 1998 revelou que o autismo ocorreu em 0,05 por cento das crianças norueguesas. Os números do projeto "Barn i Bergen" poderia ser interpretado no sentido de que a incidência de autismo aumentou dramaticamente. No entanto, MS. Posserud pensa que é importante minimizar a diferença nos resultados.

"É difícil saber se as diferenças entre esses estudos refletem um aumento real na incidência de autismo. Nossa conclusão é que o crescimento do espectro autista pode ser explicada principalmente pelo uso de métodos de levantamento mais abrangentes e, por conseguinte, que não estamos diante do surgimento de uma epidemia de autismo", diz a MS. Posserud, que é médica e pesquisadora na área de psiquiatria infantil do Hospital Universitário Haukeland de Bergen.

Mais amplo diagnóstico

Pesquisadores envolvidos no projeto "Barn i Bergen" tem resultados muito variáveis, quando utilizados diferentes métodos para investigar o mesmo grupo de crianças. O primeiro sub-estudo concluiu que 0,44% das crianças tinham autismo, enquanto que o resultado de alguns anos mais tarde, foi de 0,87%.

Segundo a Dra. Posserud, a razão para a diferença é que os investigadores conduziram uma pesquisa mais extensa no último sub-estudo, que incluiu um teste clínico abrangente, para além de um questionário e entrevistas com os pais das crianças.

"O exame clínico revelou diversos novos casos do doença. Isto sugere que um diagnóstico de ASD não pode ser descartada apenas com base em entrevistas com os pais", explica MS. Posserud.

Segundo a Dra. Posserud, são as crianças com inteligência normal, que na maioria das vezes passam despercebidas. Estas crianças não estavam incluídas na definição de autismo, algumas décadas atrás, quando o diagnóstico foi aplicado somente nos casos mais graves. Os transtornos autísticos cobrem hoje as dificuldades de interação social através de uma gama de habilidades intelectuais. Como a definição foi expandida, muitas mais pessoas foram diagnosticadas com autismo.

A pesquisa foi financiada pelo Conselho de Pesquisas do Programa de Saúde Mental da Noruega.

Artigo original em Inglês: http://www.sciencedaily.com/releases/2011/02/110228090611.htm

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