quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Médico que apontou vacina como causa do autismo é julgado com má conduta

O Dr. Andrew Wakefield, autor principal do artigo MMR and autism que, em 1999, deu sustentação à hipótese de que a vacina tríplice viral para sarampo, caxumba e catapora (MMR - measles, mumps, rubella) seria causa do autismo foi acusado de ter agido de maneira antiética e desonesta, segundo relatório divulgado hoje por uma comissão disciplinar do Conselho Médico Geral britânico (General Medical Council - GMC).

Wakefield afirmou que o resultado, apontando que ele teria falhado com suas responsabilidades, foi "infundado e injusto".

A comissão disciplinar acuso-o, ainda, de ter se mostrado "duramente insensível" com o sofrimento infantil e de ter abusado de sua posição de confiança. Sua conduta, segundo o julgamento, trouxe má reputação à profissão médica depois que ele coletou amostras de sangue de jovens na festa de aniversário de seu filho, pagando-lhes 5 libras esterlinas.

Ele também teria agido desonestamente na forma em que descreveu a pesquisa publicada na revista The Lancet.

Wakefield poderá ter seu registro cassado, agora que a comissão avaliou que ele apresentou má conduta profissional.

De sua parte, o médico britânico alega que agiu no interesse das crianças. Sua pesquisa com doze pacientes com desordens intestinais e autismo foi publicada no The Lancet em 1999. Mesmo sem ter conseguido provas de uma ligação entre a vacina tríplice e o autismo, ele instou pais a darem aos filhos as vacinas em doses separadas. Essa posição, atualmente, é amplamente desacreditada.

Enquanto o jornalista Brian Deer afirma que o GMC precisava agir, Rochelle Poulter, cujo filho Matthew participou das pesquisas de Wakefield, descreve o médico como sendo uma pessoa boa. Ela afirma que, com o tratamento que foi dado ao menino, ele melhorou.

O medo da vacina gerado pelos trabalhos de Wakefield levaram a uma queda no número de crianças vacinadas e a um aumento dos casos de sarampo, que chegaram a 1200 em 2009.

Helen Bedford, do Instituto da Saúde da Criança, afirma que os pais podem ter certeza de que um grande número de boas evidências científicas mostram que a vacina tríplice não está ligada ao autismo.

Médico que sugeriu ligação entre vacina contra sarampo e autismo é condenado por Conselho britânico
| O Globo | 28/1/2010 |


MMR Row Doctor Hits Back At Conduct Claims
| Sky News | 28/1/2010 |

Dica enviada por Murilo e Luís Fernando


Respeite nosso trabalho. Se for copiar algum texto, cite-o como sua fonte e coloque um link para o Crônica Autista: http://cronicaautista.blogspot.com/

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Empresa de ônibus é condenada por obrigar deficiente visual a pagar passagem

A 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio condenou a Viação Pendotiba a pagar R$ 5 mil de indenização, por danos morais, à advogada Ana Cláudia Ribeiro, que
é deficiente visual, depois de obrigá-la a pagar passagem em um de seus coletivos. O colegiado decidiu negar o recurso da empresa e manteve a sentença dada em 1ª
instância.

A empresa alegou que a advogada não apresentou o documento comprobatório de seu direito de usar o transporte gratuitamente. No entanto, o desembargador José Geraldo Antônio, baseado na Lei Estadual 4.510, de 2005, ao escreveu o acórdão:

"A Lei nº 4.510/2005, no seu artigo 4º, regulamentou o artigo 14 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, assegurando a isenção da tarifa dos serviços públicos de transporte rodoviário intermunicipal aos deficientes físicos. A autora comprovou nos autos que é deficiente visual e necessita de acompanhamento nas consultas que periodicamente faz no Instituto Benjamim Constant", afirmou.

Dessa forma, o tribunal reitera que o direito pertence à pessoa com deficiência e não ao documento que ela venha a portar, considerando que a situação causou constrangimento à advogada.

Empresa de ônibus é condenada por obrigar deficiente visual a pagar passagem
http://autismoempauta.blogspot.com/2010/01/onibus-deficiente-visual.html


Respeite nosso trabalho. Se for copiar algum texto, cite-o como sua fonte e coloque um link para o Crônica Autista: http://cronicaautista.blogspot.com/

A RIADIS se solidariza com o povo haitiano

A Rede Latino-Americana de Organizações Não Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias (RIADIS) expressa sua mais profunda solidariedade perante a grave tragédia que padece agora, o povo irmão do Haiti.

Na terça-feira passada, 12 de janeiro, o Haiti e, particularmente sua capital, Porto Príncipe, se viu assolado por um terremoto de grau 7,2 na escala Richter.

Milhares de pessoas ficaram sepultadas, mortas ou feridas debaixo dos escombros de milhares de edificações, que não puderam resistir ao ataque da natureza.

O Haiti, país mais pobre do hemisfério, a partir dessa gravíssima catástrofe, se vê ainda mais pobre. Uma das mais graves seqüelas deste sismo é que deixa a intempérie, a fome e a desolação a uma grande parte dos nove milhões, que constituem a população desse país caribenho.

É muito possível que milhares de pessoas com deficiência tenham sido e sejam vitimas impotentes desta dolorosa tragédia. Assim mesmo, é certo que uma das conseqüências diretas desta catástrofe será o aumento do número de pessoas com deficiência no Haiti.

No passado, a RIADIS buscou contato com organizações haitianas de pessoas com deficiência para apoiar-las em seus esforços em melhorar as condições de vida das pessoas com deficiência deste país, mas infelizmente, esses esforços não tiveram sucesso.

Nessa difícil e trágica hora para a América Latina e Caribe, quando o primeiro país de nossa região que lutou e ganhou sua independência sofre essa tragédia, a RIADIS faz um forte chamado à Comunidade Internacional para que as manifestações de apoio do presente se mantenham e se ampliem, ao teor da magnitude da catástrofe no Haiti. É necessário ainda, que este apoio solidário perdure por todo o tempo que o povo haitiano necessite e que não se debilite com o passar dos dias e semanas.

Os povos do mundo e seus Governos não devem, não podem esquecer-se do povo haitiano.

É o nosso mais sincero desejo, como organização latino-americana, que se avance rapidamente na estabilização da situação nesse país do Caribe. Resgatando os sobreviventes dos escombros, atendendo aos milhares de feridos nos hospitais, sepultando as pessoas falecidas, atendendo eficientemente à propagação de epidemias e oferecendo alimentos e abrigo aos milhares de desabrigados.

São os primeiros passos essenciais, antes de começar a trabalhar com muito esforço (Comunidade Internacional, povo e Governo), na reconstrução do Haiti, para que avance na superação da pobreza, consolide sua democracia e se desenvolva pacificamente.

A RIADIS se compromete hoje, em realizar seus maiores esforços para apoiar o fortalecimento ou criação de organizações de pessoas com deficiência no Haiti, para que desde nossa visão e experiência, a atenção aos direitos das haitianas e dos haitianos com deficiência, esteja devidamente incluída na agenda da reconstrução e renascimento deste país latino-americano irmão.

Esperamos que muitas organizações, entidades cooperantes e pessoas, nos acompanhem para materializar em fatos este propósito e compromisso profundo da RIADIS.

Rede Latino-Americana de Organizações Não Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias (RIADIS)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Menino autista se liga nos elefantes

Menino autista se liga nos elefantes de zoológico do Oregon
| Katie Boer | 11/1/2010 | KPIC News |


Wylie e George
Há mais ou menos um mês, os elefantes Tiki, Alice e George, do Wildlife Safari, no Oregon (EUA), recebem a visita de Wylie Malek, de 10 anos.

-"Quando tinha três anos, ele foi diagnosticado autista" - conta seu pai, Kris Malek. "Quando ele começou a frequentar o jardim de infância, o diagnóstico já era de autismo de alto funcionamento."

Para algumas crianças com autismo, a interação com animais melhora as habilidades sociais e reduz a ansiedade. Podem ser câes, gatos, coelhos... ou elefantes! No Wildlife Safari, Wylie se ligou nesses bichões, 300 vezes maiores que ele.

-"Este é o animal", diz Kris. "Quero dizer, ele se interessa por elefantes desde que saiu do ventre da mãe."

Wylie encontrou os elefantes - e pessoas interessadas neles - no Wildlife Safari, em Winston, Oregon.

-"As pessoas costumam ser complicadas", explica Katie Alayan, tratadora sênior do Safari. "Animais são bem mais simples. Eles são mais fáceis de entender, de se relacionar, especialmente para uma criança que pode não ter muitas habilidades sociais."

A interação trouxe a Wylie - agora, um tratador de elefantes júnior - uma meta:

-"Quando crescer, quero trabalhar aqui!"

De certa forma, ele já trabalha:

-"Ele nos ajuda quando damos banho e com coisas assim" - conta Alayan - "abrindo suas orelhas, levantando suas patas, ele nos ajuda a esfregá-los."

-"Ele diz que é seu trabalho", diz seu pai. "ele fala para as irmãs o tempo todo que vai trabalhar, ou que vai para seu emprego - é como ele costuma dizer."

Wylie conta aos treinadores histórias sobre dinossauros e dragões, mas também sabe coisas sobre os elefantes.

-"Wylie é capaz de falar as coisas mais bizarras que quiser, os elefantes não ligam" - brinca seu pai. "Eles provavelmente pensam que é normal. Acho que ele conversaria com um elefante um dia inteiro."

A equipe do Wildlife Safari diz que o garoto tímido de 10 anos saiu de sua concha.

-"É recompensador, para nós que tratamos desses animais", entra dia sai dia, diz Alayan. "Adoramos interagori com alguém que tão claramente gosta deles."

-"Estar perto de Wylie, vê-lo aprender coisas que muitos garotos não aprendem - não há palavras para descrever" - comenta Timothy Hamilton, outro tratador de elefantes. "Só de vê-lo sorrir, já fico nas nuvens."

Veja o vídeo:
Boy with autism bonds with elephants at Oregon's Wildlife Safari
http://www.kval.com/news/local/81183427.html


Respeite nosso trabalho: se copiar, cite-o como sua fonte e coloque um link para o Crônica Autista: http://cronicaautista.blogspot.com/
Boy with autism bonds with elephants at Oregon's Wildlife Safari

| Katie Boer | KPIC News | Jan 11, 2010 |

WINSTON, Ore. -
About once a month, elephants Tiki, Alice and George get a special visit from 10-year-old Wylie Malek.

"Wylie was diagnosed as autistic at the age of 3," said his father, Kris Malek. "When he started school about kindergarten they kind of moved it up to a high functioning autism."

For some children with autism, animal interaction improves their social skills and decreases anxiety. That can mean dogs, cats, rabbits -- or elephants? At Wildlife Safari, Wylie has bonded with animals 312 times his size.

"This is the one animal," Kris Malek said. "I mean he's been interested in elephants basically since he climbed out of the womb."

Wylie found elephants -- and people interested in elephants -- at Wildlife Safari in Winston, Ore.

"People kind of tend to be really complicated," said Katie Alayan, senior elephant keeper at Wildlife Safari. "Animals are a lot simpler. They're a lot easier to understand, they're a lot easier to relate to in some ways, especially for a child who might not have the same social abilities."

The interaction has given Wylie -- now a junior elephant keeper -- a goal.

"When I grow up, I want to work here," he said.

In some ways, he already does.

"He'll actually help us when we're doing baths and things like that," Alayan said, "Putting their ears out, picking their feet up, he helps us scrub on them."

Volunteering at the Safari gives Wylie a sense of responsibility.

"He calls it work," his father said. "He tells his sisters all the time he's got to go to work -- or go to his job is usually how he phrases it."

Wylie has told the the elephant trainers stories about dinosaurs and dragons, but he can tell you facts about the elephants.

"Wylie can say all the weird things in the world he wants to. The elephants don't care," his dad joked. "They think that's probably just normal. Heck he could have a normal conversation with an elephant all day long I guess."

The staff at Wildlife Safari said the once-timid 10 year old has really come out of his shell.

"It's so rewarding for us as people who care for these animals everyday, day in and day out," Alayan said. "We love to interact with someone who clearly gets so much out of them."

"Being around wylie and watching him learn things that most kids don't get to, there's no words to describe it," said Timothy Hamilton, another elephant keeper. "Just watching him smile makes me ecstatic."
http://www.kval.com/news/local/81183427.html

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pesquisa mostra maiores índices de autismo em regiões da Califórnia

A maior incidência de crianças autistas no Silicon Valley, polo da indústria de informática na California, tem fomentado muitas teorias. Haveria um "gene nerd"? Talvez poluição de metais pesados?

Um estudo realizado pelo Instituto MIND, da Universidade da California, não observou diferenças, por exemplo, entre essa região e Sacramento ou o Sul da California. Essa pesquisa mostrou que certas regiões daquele Estado apresentam, sim, maiores índices de ocorrência de autismo - principalmente, de diagnósticos precoces. No entanto, segundo os pesquisadores, tais dados não indicariam focos de uma "epidemia de autismo".

Para eles, essas ocorrências não se relacionam a poluentes ambientais específicos: essas regiões não mostraram ocorrências de toxinas correspondente entre si; um dado que chama a atenção é que as crianças com autismo nessas áreas são brancas e seus pais têm maior nível escolar. Na opinião dos estudiosos, "nos EUA, as crianças cujos pais são mais velhos, brancos e têm maior escolaridade têm maior probabilidade de receber diagnóstico de autismo." As crianças que moram nessa áreas têm o dobro de chance de serem diagnosticadas. Para a maioria dos epidemiologistas que analisaram os dados do Departamento de Serviços de Desenvolvimento da California, isso não é uma surpresa. A Dra. Karla Van Meter, coordenadora da pesquisa, diz que, "se você é mais educado, tem maior chance de obter sucesso em negociar atendimento com o Governo". Ela ainda cogita que pais com menores níveis de escolaridade têm menos probabilidade de buscar ajuda profissional se a sua criança mostra sinais precoces deproblemas de desenvolvimento.

De acordo com o blog Left brain rigth brain, já em 1997 a blogueira Autism Diva indicava a maior incidência nessas áreas, como pode ser visto no mapa. O Centro Regional Centro-Sul, área de população predominantemente não-branca, mostra uma prevalência de 33 para 10 mil. Já o Centro Regional Westside, com maior proporção de famílias brancas, mostra uma prevalência de 84 para 10 mil.

Uma relação similar entre autismo e educação parental tem sido observada em outras nações mas, na Dinamarca, em que todas as crianças têm acesso a saúde pública de qualidade, a distribuição do autismo nas classes sociais é equivalente.

Então, fica a pergunta: os autistas pobres dos Estados Unidos e outros países, crianças e adultos, estão sem diagnóstico? Como fica no Brasil?

Autism Clusters Found: areas with high incidence of autistic children
http://leftbrainrightbrain.co.uk/?p=3959

http://leftbrainrightbrain.co.uk/?p=3959
| Left Brain Rigth Brain | 1/1/2010 |

What causes 'autism clusters'?
http://www.theweek.com/article/index/104982/What_causes_autism_clusters

| The week | 12/01/2010 |

Autism clusters tied to educated parents
http://www.theglobeandmail.com/life/health/autismclusters-tiedto-educatedparents/article1423679/

| The Globe and Mail | 8/1/2010 |

Respeite nosso trabalho. Se for copiar algum texto, cite-o como sua fonte e coloque um link para o Crônica Autista: http://cronicaautista.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Doutores da quelação, uma turma criativa e maleável

Heavy Metals Inc.

| David Whelan | Forbes de 18/1/2010 | 31/12/09 |


Ronald Stemp

Há dois anos, Ronald Stemp, um encanador de Georgetown, Texas, começou a apresentar estranhos sintomas, incluindo esquecimento, problemas com a concentração e ataques de depressão. Sua esposa ficou preocupada que ele tivesse se exposto a toxinas no trabalho. Na internet, ela achou um lugar em Autin chamado Care Clinics que afirmava tratar de envenenamento por metais pesados.

A equipe do lugar realizou um "teste" para analisar se a urina de Stemp era positiva para metais pesados. Durante a visita seguinte, o encanador se consultou com a proprietária da clínica, Kazuko Curtin. Apesar de não ser médica ou enfermeira, ela usava um jaleco branco e lhe disse que, sem dúvida, ele sofria de envenenamento por chumbo e mercúrio. Também disse que Stemp, então com 41 anos, tinha mal de Alzheimer.

Sua prescrição: 18 meses de quelação para remover as toxinas. Duas a quatro vezes por semana, Stemp ficou quatro horas ligado a uma bolsa de soro a lhe injetar uma substância quelante que o deixava confuso e nauseado. Ele não conseguiu mais trabalhar.

-"Eu tinha desistido da vida e da família. Estava letárgico e tonto" - recorda. Ele gastou US$ 180 mil ao longo de dez meses antes de desistir, frustrado, um ano atrás. Agora, Stemp processa a Care Clinics e sua equipe por fraude. Eles negam as acusações.

Quelação é um cura-tudo, uma panacéia sem comprovação que nunca vai desaparecer. Desenvolvida para remover arsênico dos soldados contaminados por gases tóxicos durante a I Guerra Mundial, o método é usado na medicina oficial em raros casos de envenenamento agudo por metais pesados. Mas um renegado grupo de médicos a usam para um amplo espectro de doenças - tudo, desde problemas cardíacos a perda de memória - apesar das poucas evidências de sua eficácia e dos perigosos efeitos colaterais possíveis. Eles argumentam que remover pequenas quantidades de metais curará os sintomas.

Através dos anos, a quelação sempre volta. O mais novo grupo de ingênuos a ser alvo dos vendedores da quelação são os pais de crianças autistas. Alguns estão convencidos de que o autismo é causado por mercúrio nas vacinas, apesar de muitos estudos afirmarem o contrário. Centenas de médicos oferecem quelação no mercado do autismo, muitos deles certificados por um grupo empresarial chamado American College for Advancement in Medicine (Colégio Americano para o Progresso da Medicina). Um compromisso de cessação, assinado pelo grupo em 1998 com a Federal Trade Commission (Comissão Federal de Comércio), no qual se comprometia a parar com suas alegações sobre a segurança e efetividade da quelação evidentemente não se pôs no caminho desses médicos.

A quelação pode ser lucrativa. um tratamento envolve 40 sessões que custam 125 dólares cada, geralmente pagas em dinheiro. Vários testes associados podem elevar o custo do tratamento acima dos dez mil dólares. Nacionalmente, o mercado da quelação "pode ter algo em torno de cem milhões de dólares", estima Stephen Barrett, um psiquiatra aposentado que atua no site de denúncias QuackWatch.org.

Heavy Metals Inc.
David Whelan, 12.31.09, 04:30 PM EST
Forbes Magazine dated January 18, 2010
Doctors pushing chelation therapy are a creative, resilient bunch.


Two years ago Ronald Stemp, a plumber from Georgetown, Tex., started having strange symptoms, including forgetfulness, problems concentrating and bouts of depression. His wife became worried that he had been exposed to toxins at work. On the Web she found a place in Austin called Care Clinics that claimed to treat heavy metal poisoning.

The staff there performed a "challenge test" to see if Stemp's urine was positive for heavy metals. During his next visit Stemp consulted with clinic owner Kazuko Curtin. Though not a doctor or a nurse, she wore a white coat and told him that he was indeed suffering from lead and mercury poisoning. She also told Stemp, then 41, that he had Alzheimer's.

Her prescription: 18 months of chelation to remove the toxins. Two to four times a week, Stemp spent four hours hooked to an IV that transfused a chelating chemical. It made him confused and nauseated. He could no longer work. "I was withdrawn from life and family. I was lethargic and dizzy," he recalls. He was billed $180,000 over ten months before he quit a year ago in frustration. He's now suing Care Clinics and its staff for fraud. They deny the allegations.

Chelation is the unproven cure-all that will never die. Developed to remove arsenic from soldiers gassed during World War I, the method is used in mainstream medicine for rare cases of acute heavy metal poisoning. But a renegade group of doctors use it for a far broader range of ills--everything from heart disease to memory impairment--despite scant evidence it works and potentially dangerous side effects. They claim that removing small amounts of metal will resolve the symptoms.

Over the years chelation has been repackaged over and over again. The latest round of easy marks for chelation vendors are parents of children with autism. Some parents are convinced autism is caused by mercury in vaccines, despite many studies to the contrary. Several hundred doctors offer chelation in the autism market, many of them certified by a trade group called the American College for Advancement in Medicine. A 1998 consent decree the group signed with the Federal Trade Commission, in which it agreed to stop making claims about chelation's safety and effectiveness, evidently doesn't get in the doctors' way.

Chelation can be lucrative. A treatment might involve 40 sessions that cost $125 each, usually paid in cash. Various ancillary tests can push the tab above $10,000. Nationally, the chelation market "could be $100 million a year in total billings," estimates Stephen Barrett, a retired psychiatrist who operates QuackWatch.org.
Doctors pushing chelation therapy are a creative, resilient bunch
http://www.forbes.com/forbes/2010/0118/health-medicine-chelation-therapy-heavy-metals-inc.html

Respeite nosso trabalho. Se for copiar algum texto, cite-o como sua fonte e coloque um link para o Crônica Autista: http://cronicaautista.blogspot.com/

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Temple Grandin, o filme, estreia em fevereiro

Claire Danes, como Temple
Como o Crônica Autista noticiou em primeira mão, a HBO estreia em 6 de fevereiro o filme sobre a infância e adolescência de Temple Gradin, engenheira, escritora, cientista em comportamento animal, professora da Universidade do Colorado e autista. O trailer já está disponível no site da HBO.

Claire Danes atua no papel da engenheira que hoje, aos 62 anos, é uma das grandes porta-vozes da causa das pessoas autistas. Julia Ormond atua no papel da mãe de Temple, Catherine O'Hara é sua tia e David Strathaim faz o professor que a estimulou a estudar para criar sua máquina do abraço, que a ajuda a aliviar a ansiedade e o estresse.

A perspectiva de mundo que Temple Grandin conseguiu através do autismo lhe deu condição de se tornar uma das grandes especialistas no manejo de animais para abate. Consta que o McDonald's somente usa carne de animais criados e abatidos segundo suas técnicas.

Sobre Temple Grandin, Oliver Sachs escreveu o sétimo capítulo do livro Um Antropólogo em Marte (Cia das Letras). Ela também é autora de vários livros, dos quais estão disponíveis em português Uma menina estranha (Cia das Letras) e Na língua dos bichos (Rocco).

Outras obras suas são:
Grandin, Dr. Temple - The Way I See It: A Personal Look at Autism and Asperger's
Grandin, Dr. Temple and Johnson, Catherine - Animals Make Us Human: Creating the Best Life for Animals
Grandin, Dr. Temple and Barron, Sean - Unwritten Rules of Social Relationships
Grandin, Dr. Temple and Duffy, Kate - Developing Talents
Grandin, Dr. Temple - Thinking In Pictures

Livros no bondfaro: http://www.bondfaro.com.br/livros.html?auto=1&kw=Temple+Grandin
Seu texto Uma visão interior do autismo pode ser lido em: http://www.painet.com.br/rocha/temple.htm

Site de Temple Grandin: http://www.templegrandin.com/

fonte: Ace Showbiz - 8/1/2010
First Trailer to 'Temple Grandin' Starring Claire Danes

Respeite nosso trabalho. Se for copiar algum texto nosso, cite-nos como sua fonte e coloque um link para o Crônica Autista: http://cronicaautista.blogspot.com/