terça-feira, 20 de abril de 2010

Os perigos da Medicina das Celebridades

| Robin Hausman Morris | Examiner | 12/06/2009 |
Traduzido por Argemiro Garcia

(Originalmente escrito para a Autism Science Foundation)

Estou preocupada com o fenômeno da medicina das celebridades. Diariamente, mais um ator ou comediante se posiciona a respeito de danos vacinais. A ideia de uma formação obtida na "Universidade Google" está ficando velha. Não apenas tediosa, ela é perigosa. Talvez os cuidados médicos estejam sendo postos em xeque nos Estados Unidos, mas esta epidemia tem outra postura.

A Dra. Virgínia Keane, presidente da Academia de Maryland de Pediatria (Maryland Academy of Pediatrics), disse ao jornal Baltimore Sun que "estamos na borda de uma crise, em relação às vacinas". Ela declarou que "as celebridades espalham falsas acusações de perigo, perpetuando o mito de uma relação de causa e efeito entre vacinas e autismo. Quando a ciência não apoia suas afirmações, acusam a comunidade médica pediatra de estar no bolso das companhias produtoras de vacinas, de fazer grandes concessões e receber pequenos presentes para dar sustentação às vacinas”.

Não tenho dúvida alguma de que, em todas as comunidades, seja financeira, médica ou educacional, em cada setor das relações humanas, haja pessoas de mau caráter. Não obstante, quando as celebridades "acusam", passamos a ser vítimas de nossas próprias vulnerabilidades. Insisto: quem será o próximo acusado, e porque ainda estamos lhes dando ouvidos?

Continuo firme em meu interesse nos perigos da "medicina das celebridades". Se são as vacinas hoje, o que estará na loja amanhã? - eu pergunto. Esta não é uma pergunta retórica. Quando as bofetadas da mídia são justificáveis? O ator Dennis Quaid tem todo o direito de lutar por diretrizes hospitalares mais específicas para as dosagens medicinais. Seus gêmeos receberam uma dose maciça e exagerada de um afinador de sangue. Sua cruzada foi justificada e certamente vantajosa para a proteção pública. Não houve nenhum debate. Quaid não se posicionou como médico ou cientista. Os fatos falaram por si.

Entretanto, as águas se turvam quando o pânico é promovido por garotas da Playboy e por oportunistas fazendo carreira... e a ironia é que acredito que elas amem suas crianças. Simplesmente, os efeitos intoxicantes da atenção mundial parecem dotá-las de uma "proteção" para a prudência. Tristemente, ser o centro das atenções é uma espada de dois gumes. Ele nos dá o prazer do entretenimento, mas canoniza os participantes. Mesmo que nós, como povo, tenhamos essa vocação para a idolatria, ela deve se restringir às idiossincrasias da cultura Pop, não às perigosas percepções e equívocos da vida.

http://www.examiner.com/x-3565-Autism--Parenting-Examiner~y2009m6d12-The-Dangers-of-Celebrity-Medicine

The Dangers of Celebrity Medicine

I wrote this piece for the Autism Science Foundation .

Robin Hausman Morris

I have been worried about the phenomenon of celebrity medicine. Every day, another actor or comedian takes a position on vaccine injury. The notion of an education procured at the “University of Google” is getting old. Not only is it tedious, it’s dangerous. Perhaps health care is being tested in this country, but this epidemic takes on quite another posture.

Dr. Virginia Keane, President of the Maryland Academy of Pediatrics, tells the Baltimore Sun that “We are at the precipice of a crisis when it comes to vaccines.” Dr. Keane states: “Celebrities spread false accusations of danger, perpetuating the myth of a causal link between vaccines and autism. When science does not support their statements, they accuse the pediatric physician community of being in the pocket of the vaccine companies, accepting large grants and small gifts in exchange for our continued support of vaccines.”

I have no doubts that in all communities, financial, medical, educational and every sector of human relations that there are disingenuous characters. Nevertheless, when celebrities “accuse,” we are victims of our own vulnerabilities. I reiterate. Who will be the next subject for accusation, and why are we listening?

I remain steadfast in my concern about the dangers in “celebrity medicine.” It’s vaccines today, what’s in store for tomorrow, I ask. This is not a rhetorical question. When is media clout is justifiable? Actor Dennis Quaid had every right to fight for more stringent hospital guidelines regarding medicine dosage. His twins were given a massive overdose of a blood thinner. His crusade was justified and certainly a win-win for public protection. There was no debate. Quaid did not posture himself as a physician or scientist. The facts spoke for themselves.

However the waters are muddied when panic is fostered by Playboy centerfolds and various career seeking opportunists….and the ironic thing is that I do believe that they love their children. It’s simply that the intoxicating effects of world attention seem to endow them with a “shingle” for sage guidance. Sadly, the limelight is a double-edged sword. It gives us entertainment pleasure, yet canonizes the participants. Whether or not we as a people crave that need for idolatry, it should be relegated to the idiosyncrasies of pop culture, not life threatening perceptions and misconceptions.

http://www.examiner.com/x-3565-Autism--Parenting-Examiner~y2009m6d12-The-Dangers-of-Celebrity-Medicine


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