sábado, 22 de maio de 2010
Garoto autista acusado de fazer terrorismo
Shane Finn, um garoto autista de 14 anos, morador de Atlanta, no Estado da Geórgia, EUA, desenhou na folha de prova dois bonequinhos palitos, representando a si mesmo e ao seu professor. Na sua "obra", ele porta um revólver e atira no mestre. O pequeno desenho ainda mostra uma lápide com a tradicional inscrição RIP (rest in peace - descanse em paz). Shane tem o QI estimado em 75 e a idade mental de oito anos, frequenta a oitava série.
Frente ao desenho, que não tem mais do que 3 centímetros, a escola decidiu suspendê-lo e processá-lo por fazer "ameaças terroristas".
Karen Finn, sua mãe, declara que está com o coração partido. Embora não sinta orgulho pelo desenho do filho, explica que este não entende o erro que cometeu, muito menos o porquê da punição. Ela lembra uqe, devido a seu autismo, ele não consegue expressar de maneira adequada suas frustrações e raiva.
A escola não quis comentar o assunto para os jornais, apenas explicando que trabalha com "tolerância zero" na questão da violência contra os professores.
Fica a pergunta: e a violência contra os alunos, como fica?
Criança autista é processada por ameaça terrorista
http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/news/2010/05/15/248657-crianca-autista-e-processada-por-ameaca-terrorista
Shane Finn; Autistic Boy, Felony Terrorism Charges for Stick Figure Drawing (Video)
http://law.rightpundits.com/?p=1615
Respeite nosso trabalho. Se for copiar algum texto, cite-o como sua fonte e coloque um link para o Crônica Autista: http://cronicaautista.blogspot.com/
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Um comentário:
Rio, 22 de maio de 2010.
Como educadora que sou, lamento o ocorrido. A maneira expressada pelo aluno nos faz refletir o que essa escola e em particular o professor fez com ele para que desenvolvesse o desejo de matá-la.Trabalhei durante 10 anos com classes especiais, o retorno que nos é dado acontece de acordo com o que eles recebem. Ainda hoje recebo mensagens de carinho de meus ex alunos.
Quando a escola diz que tem tolerância zero já podemos imaginar o que acontece no interior dela distante dos pais.
Gostaria que algo fosse fetito para que o aluno possa se expressar desenhando e mostrar o que acontecia na sua rotina dária.
Desejo sinceramente que a verdade apareça.
Walquiria Araujo
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