quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Atibaia: workhop i-pad

Quando? dia 23/09/2012
Que horas? das 9h00 às 12h00
Onde? em Atibaia (R. José Inácio, 473)
Para quem? Pais e profissionais
Precisa ter iPad? Não, aliás pode ser uma boa oportunidade para avaliar se seria bom ou não comprar um iPad
Quem tiver iPad? Leve-o, pois pode ser útil ver algumas coisas na hora, na prática

Inscrição? online, em http://goo.gl/ZG7uM
Valor? R$ 70,00 (antecipado) ou R$ 80 (no dia) — pais de autistas têm desconto: pagam R$ 50 (antecipado) ou R$ 60 (no dia)
Pagamento? No dia ou antecipado (até dia 20/set), via depósito bancário no Itaú, Santander ou Bradesco
Quem ministrará? Paiva Junior, jornalista, editor-chefe da Revista Autismo, autor do livro "Autismo — Não espere, aja logo!" e pai do Giovani (autista), de 5 anos.

Qual conteúdo? A ideia é mostrar as possibilidades do uso do iPad com pessoas com autismo e outros déficits de aprendizagem, além de abordar um pouco do manuseio e configuração básica do iPad. Serão abordados diversos aspectos, seja para autistas verbais e não-verbais, de qualquer idade, que estejam em qualquer nível do espectro e fase de desenvolvimento, alfabetizado ou não, além dos aspectos comuns da síndrome de desenvolver questões sociais, de comunicação e de comportamento, sem deixar de falar do entretenimento com iPads. Quem não tem um iPad e pensa se seria útil ou não comprar um, verá as possibilidades e poderá decidir com mais propriedade se seria adequado ou não para seu uso.
A proposta é que esse workshop POSSA, POSTERIORMENTE, fazer "nascer" um pequeno curso com módulos específicos, de acordo com a necessidade e interesse de cada um.

Realização? Paiva Junior

Dúvidas? Envie e-mail para fpaivajunior@gmail.com

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

SUS perdeu quase 42 mil leitos

| Aline Leal Valcarenghi e Paula Laboissière / Edição: Lílian Beraldo | Agência Brasil | Saúde | 14/09/2012 |

Brasília – Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) com base em dados do Ministério da Saúde aponta que quase 42 mil leitos de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) foram desativados entre outubro de 2005 e junho de 2012.

Entre as especialidades mais atingidas com o corte, de acordo com a análise, estão a psiquiatria (-9.297 leitos), a pediatria (-8.979), a obstetrícia (-5.862), a cirurgia-geral (-5.033) e a clínica-geral (-4.912).

Mato Grosso do Sul é apontado como o estado brasileiro que mais perdeu leitos (-26,6%), seguido pela Paraíba (-19,2%) e pelo Rio de Janeiro (-18%). Em números absolutos, São Paulo aparece na frente, com a redução de 10.278 leitos, seguido por Minas Gerais, com 5.177, e pelo Paraná, 3.057.

Já Roraima, segundo o levantamento, é o estado que registrou o maior aumento no número de leitos no mesmo período (33,5%), seguido por Rondônia (23,6%) e pelo Amapá (9,2%). Em números absolutos, o Pará aparece na frente, com 793 leitos criados, seguido por Rondônia, com 622, e pelo Amazonas, com 360.

Por meio de nota, o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Ávila, avaliou que grande parte dos problemas enfrentados pelo SUS passa pelo subfinanciamento e pela falta de uma política eficaz de presença do Estado.

“Os gestores simplificaram a complexidade da assistência à máxima de que ‘faltam médicos no país’. Porém, não levam em consideração aspectos como a falta de infraestrutura física, de políticas de trabalho eficientes para profissionais da saúde, e, principalmente, de um financiamento comprometido com o futuro do SUS”, disse no comunicado.

O Ministério da Saúde apontou falhas no levantamento. De acordo com a pasta, o CFM não fez uma interpretação correta dos números, já que os dados não foram analisados ano a ano e os leitos remanejados não foram levados em consideração.

SUS perdeu quase 42 mil leitos nos últimos sete anos, diz Conselho Federal de Medicina
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-09-14/sus-perdeu-quase-42-mil-leitos-nos-ultimos-sete-anos-diz-conselho-federal-de-medicina

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sábado, 8 de setembro de 2012

Bahia cria centro estadual de atendimento para autistas



Mariene, presidente da Afaga, e Ivan, garoto autista, no encontro com o Governador Wagner e o Secretário Jorge Solla.
Neste dia 5 de setembro de 2012, o Governador da Bahia, Jaques Wagner, e o Secretário Estadual de Saúde, Jorge Solla, assinaram convênio com a Liga Álvaro Bahia contra a Mortalidade Infantil, para que esta instituição administre o Centro de Atendimento especializado em TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento ou Transtorno do Espectro Autista), a ser instalado no antigo prédio da Escola de Puericultura, situado na esquina da Avenida Sete de Setembro (Corredor da Vitória) com o Campo Grande, em Salvador.

Essa proposta partiu da Afaga (Associação de Familiares e Amigos da Gente Autista) em reuniões com as secretarias da Saúde, Educação e Desenvolvimento Social e foi discutida no Grupo de Trabalho sobre DI (Deficiência Intelectual) e TGD criado em 2007 pelo Secretário Solla. Nossa ideia original, logo de início abraçada pelos representantes do Governo, era montar um centro multidisciplinar de atendimento, treinamento de pessoal, desenvolvimento de métodos e tecnologia. O objetivo é criar e disseminar uma cultura de trabalho e atendimento à pessoa autista para os profissionais do Estado.

Para dar início a esse trabalho, a Secretaria de Educação transformou o antigo Instituto Pestalozzi da Bahia em Centro de Atendimento Educacional Especializado focado nos TGDs.

Mariene e Gustavo, jovem aspie, conversam com o Governador Jaques Wagner.
A Secretaria de Saúde agora cria este Centro voltado para os TGDs, usando o prédio da Escola de Puericultura. Como houve entraves burocráticos para a gestão do imóvel pela Secretaria de Saúde, em uma reunião com a Afaga, em maio deste ano, o Secretário Solla decidiu passar  a gestão do Centro para a Liga Álvaro Bahia, já proprietária do prédio e, assim, agilizar a implantação do serviço.

Recebemos com muita alegria o convite para comparecermos ao evento de assinatura do convênio. Na oportunidade, estava sendo assinado um convênio para a ampliação do número de cirurgias cardíacas pediátricas no Hospital Martagão Gesteira, pertencente à Liga e, também, o convênio para a implantação do Centro. Este é um importante passo para o reconhecimento de que as pessoas autistas precisam de atendimento adequado.

O atendimento público da Saúde no Brasil - SUS - tem muitos problemas a serem resolvidos mas, como lembraram o Governador Wagner e o Secretário Solla, é o mais amplo de todos os grandes países ocidentais - e o maior. No Brasil, desde a vacina até o transplante de coração podem ser feitos às expensas do Poder Público, sem a necessidade sequer de um cartão de Plano de Saúde; em última instância, todos esses procedimentos são pagos pelos nossos impostos. Estes ainda precisam ser melhorados, principalmente para que os mais ricos subsidiem o desenvolvimento da sociedade como um todo.

A Bahia tem as dimensões da Alemanha, com a população de 13 milhões de habitantes, espalhados por todo seu território. Na concepção da Afaga, a criação de ONGs espalhadas pelo Estado, não atenderia a toda a necessidade. Acreditamos na inclusão, para que essas pessoas façam parte da vida social, seja nas escolas regulares, seja no dia-a-dia da sociedade. Treinando os profissionais da Saúde, Educação e Assistência Social, acreditamos que preconceitos serão derrubados, dando a essas pessoas a verdadeira oportunidade de se desenvolver como cidadãos.

Afinal,

"Aconteceu de eu ser gente
e gente é outra alegria
diferente das estrelas"
(Caetano Veloso)

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