segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Crianças autistas não verbais com câmeras descobrem um jeito de se comunicar

| Ashley Isaacson | Autism Daily News Cast | 6/8/2013 |

Um documentário de 2009, Crianças com Câmeras, apresenta um aclamado educador norte-americano, Brad Koepenick, ensinando para crianças autistas entre 11 a 19 anos de idade a arte de fazer cinema. A oficina dura cinco dias, com cada um deles repleto de aprendizado sobre todos os aspectos de um filme, desde a concepção, a escrita, atuação, técnicas de voice-over e outros elementos. Um problema comum para o ensino efetivo de crianças autistas é a barreira de comunicação. Muitas crianças com esse diagnóstico têm dificuldade para articular pensamentos e sentimentos, relacionar-se socialmente e processar informações, especialmente em um cenário típico de sala de aula. Mas isso não significa que indivíduos autistas não têm nada a dizer ou não querem se comunicar. Só quer dizer que não podem se comunicar.

A expressão através da arte abriu um portal de e para a mente autista, o que deve colocar a arteterapia como um meio legítimo para desenvolver crianças com autismo. A produção cinematográfica - que envolve a exploração da criatividade e sua aplicação -, melhora a capacidade das crianças autistas de interagir socialmente. Dá-lhes um meio para compreender e ser compreendidas - essencialmente, para se comunicar. Koepenick observa que, apesar de a pesquisa indica que a arteterapia melhora as habilidades sociais, "estes métodos geralmente são negligenciados como ferramentas terapêuticas".

Com o esforço para se comunicar vem a frustração, e essa frustração pode ser sentida por parte da criança autista e por seus pais ou professores. Este é o caso de Forrest Sargent e seus pais. Como uma criança autista não-verbal, presa em uma mente vibrantemente ativa mas em silêncio, Sargent reagia com uma frustração violenta, até que seus pais decidiram que precisava para viver em uma casa grupal. Por acaso, seus pais descobriram o Método de Solicitação Rápida (RPM) que permitiu-lhe formar palavras usando um quadro de letramento. Através desse método, Sargent foi capaz de dizer a seus pais que queria uma câmera. Quando perguntado em uma entrevista que ele mais gosta na fotografia, Sargent responde:

- "Amo mostrar a verdade de todas as coisas." Quando questionado sobre como a fotografia faz isso, responde: - "Ela revela a luz escondida da vida."

E a fotografia revela mais sobre a mente autista. Ian Paregol, fundador do Projeto de Fotografia In-Focus, recentemente levou quatro fotógrafos autistas a Washington para fotografar as cerejeiras em flor. Há fotos das Cherry Blossom à venda no site da Community Services for Autistic Adults and Children (Serviços Comunitários para Adultos e Crianças Autistas), todas bonitas e fascinantes.

Há mais de uma maneira de se comunicar, e há mais de uma maneira de aprender. Arte e sua variedade de formas - fotografia - é um meio promissor para crianças e adultos autistas se expressarem, serem ouvidos e compreendidos. E é uma maneira de as pessoas não-autistas se sentirem mais conectadas com as pessoas do espectro autista.

Non Verbal Autistic Kids with Cameras Discover a way to Communicate
http://www.autismdailynewscast.com/non-verbal-autistic-kids-with-cameras-discover-a-way-to-communicate/1694/ashleyisaacson/


Respeite este trabalho. Se for republicar algum texto, cite-nos como sua fonte e coloque um link: http://cronicaautista.blogspot.com/

Nenhum comentário: