sábado, 21 de novembro de 2009

Especialistas europeus visitam Unidade de Apoio ao Autismo de Baião

| Renascença | 18/11/2009 |

A Unidade de Apoio ao Autismo de Baião, considerada um caso de sucesso no ensino, foi hoje visitada por especialistas europeus.

Inserida no centro escolar local, esta Unidade dá apoio a crianças autistas de vários concelhos limítrofes.

O coordenador Hélder Lemos explica que a Unidade de Apoio ao Autismo de Baião preenche uma lacuna há muito sentida na região e pode ser um exemplo a ser seguido.

Para além do ensino básico, a Unidade de Apoio ao Autismo oferece um conjunto de serviços específicos.

“Estas crianças têm aquilo que não teriam noutras escolas, desde logo professores de apoio especializados e terapeutas. Depois têm um espaço próprio onde podem ser tratados de forma diferente, embora estejam integrados em turmas”, diz Hélder Lemos.

Todas as salas estão equipadas com computadores com ligação à Internet, quadros interactivos e outro material didáctico.

Especialistas europeus visitam Unidade de Apoio ao Autismo de Baião
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=79936

Especialistas europeus estudam o caso de sucesso de Baião no reordenamento da rede escolar

| Público.pt | Educação | 18.11.2009 | Agência Lusa |

Especialistas do grupo de Decisores de Educação Europeus consideraram hoje “interessante a forma como Baião está a fazer o agrupamento escolar”, considerando o concelho um caso de sucesso do reordenamento da rede do primeiro ciclo.

A visita a Baião do grupo de especialistas europeus na área da Educação centrou-se no tema "A aposta no primeiro ciclo para atingir o sucesso", tendo participado no encontro membros oriundos de países como Alemanha, França, Reino Unido, Bulgária, Polónia, Itália, Suécia e Turquia.

"O facto de hoje estarmos a ser visitados por oito países da Europa para verificar o modo como desenvolvemos a nossa política educativa, constitui um orgulho e uma satisfação, por vermos que o que estamos a implementar vai produzir resultados na melhoria das condições de vida sociais da nossa população, no aumento dos padrões de cultura e também na garantia de maiores e melhores oportunidades para aqueles que agora estão na escola", afirmou o presidente da Câmara de Baião, José Luís Carneiro.

Sue Waters, uma professora de Inglaterra e um dos 12 membros do grupo de especialistas, disse à Lusa ser "realmente interessante ver como Portugal, e neste caso especifico Baião, está a fazer o agrupamento escolar, como está a gerir as dificuldades e como que estão a reagir professores e pais".

"Em Inglaterra estamos igualmente a fechar as escolas mais pequenas para que o ensino tenha uma maior qualidade, havendo uma grande oposição por parte das vilas que não querem perder as suas próprias escolas", salientou Sue Waters que considera que "não é possível ter uma escola com apenas cinco alunos porque torna o ensino muito difícil e pouco eficaz".

O autarca relembrou que em 2005 "95% das salas de aula funcionavam apenas da parte da manhã e uma grande maioria tinham vários níveis de ensino na mesma sala".

"Estávamos portanto a praticar um crime social porque condicionávamos, à partida, crianças com muitas potencialidades a um caminho de insucesso escolar, que depois os levava muito cedo para o mercado de trabalho", disse.

José Luís Carneiro apelidou de "pequena revolução positiva no sector da educação" o trabalho feito nos últimos quatro anos, salientando "a construção da primeira fase do Pólo escolar de Gestaçô e do Centro Escolar de Campelo - Baião".

"Estão neste momento em projecto de arquitectura mais dois centros escolares e mais dois pólos escolares e queríamos que a meio do actual mandato, todas as crianças já estivessem neste quadro de igualdade de oportunidades", sublinhou o presidente da câmara.

No final da reunião foi feita uma visita ao Centro Escolar de Campelo e à Unidade de apoio ao Autismo nele integrada.

O Centro Escolar acolhe cerca de 250 crianças do 1º ciclo do ensino básico e tem 12 salas equipadas com modernas tecnologias.

Segundo a autarquia, a "mais-valia dos Centros Escolares é o facto de permitirem que a cada sala de aulas corresponda um nível de ensino”.

"A Unidade de Ensino Estruturado para perturbações do Espectro de Autismo, associada ao Centro Escolar, visa dar resposta a uma carência existente em toda a região norte, apoiando actualmente cinco utentes provenientes de outros concelhos", acrescenta.

Especialistas europeus estudam o caso de sucesso de Baião no reordenamento da rede escolar
http://www.publico.clix.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/especialistas-europeus-estudam-o-caso-de-sucesso-de-baiao-no-reordenamento-da-rede-escolar_1410396

Veja também:
Especialistas europeus visitam Unidade de Apoio ao Autismo de Baião
http://cronicaautista.blogspot.com/2009/11/unidade-de-apoio.html

Preso ao ameaçar criança autista

| O São Gonçalo | 18/11/2009 |

Acusado de ameaçar vizinhos, entre eles, uma criança autista de oito anos, Gilson Gonçalves de Albuquerque, de 45 anos, foi preso por agentes da 76ª DP (Centro), ontem à tarde, durante operação no Morro do Mickey, na Ilha da Conceição, em Niterói.

De acordo com os policiais, Gilson foi flagrado com pouco mais de 20 gramas de maconha prensada e R$ 200, escondidos dentro de uma lata amassada. Os policiais suspeitam que ele seja um dos integrantes da quadrilha que controla o tráfico de drogas na comunidade, mas ele nega.

“Sou viciado e comprei a droga em Manguinhos (no Rio), onde eu vou toda semana buscar de bicicleta”, disse Gilson.

Preso ao ameaçar criança autista
http://www.osaogoncalo.com.br/site/pol%C3%ADcia/2009/11/20/4934/preso+ao+amea%C3%A7ar+crian%C3%A7a+autista

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

"Homem-aranha" salva menino autista

Em março deste ano, em Bangcoc (Tailândia), um menino autista de onze anos, aluno de uma escola especial, sentou-se no parapeito da janela do terceiro andar, recusando-se a sair dali. Parece que estava com medo do primeiro dia de aula.

Chamada, a mãe do garoto explicou às autoridades que seu filho era apaixonado por revistas em quadrinhos de super-herois.

Foi assim que o bombeiro Somchai Yoosabai voltou à sua unidade e vestiu-se de Homem-aranha para tentar atrair a atenção do menino, dizendo-lhe:

- O Homem-aranha está aqui para salvá-lo, nenhum monstro vai machucar você. Então, pedi que viesse lentamente até a minha direção. contou o bombeiro à televisão local. Lembra que o menino choroso abriu um sorriso, caminhou até ele e o abraçou.

O bombeiro explicou que guarda fantasias do Homem-aranha e do Ultraman para demonstrações e exercícios de combate a incêndios em escolas.

Vestido de Homem-aranha, bombeiro salva menino com autismo
| Agência AFP, via Jornal do Brasil | 24/3/2009 |

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/03/24/e240326297.asp

Thai 'Spider-Man' to the rescue
| BBC News | 24/3/2009 |

http://news.bbc.co.uk/2/hi/asia-pacific/7961208.stm

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pai processa ex-mulher para fazer quelação no filho

Mario Martinez, do Texas, entrou na Justiça daquele Estado norte-americano para forçar sua ex-esposa a autorizá-lo a aplicar quelação intra-venosa no seu filho William, de sete anos. Segundo Martinez, o menino tem conseguido melhorar seu comportamento e aprendizado através do tratamento, aplicado através de supositórios há dois anos.

Já sua ex-mulher, Juli, afirma que tem sido frequentar uma turma de ensino regular o que lhe trouxe melhoras e que os supositórios o fizeram adoecer. Ela, que se representa no tribunal por não poder pagar um advogado, afirmou à juíza que a quelação é um tratamento perigoso e que a FDA (agência norte-americana que fiscaliza medicamentos e alimentos) não o aprova para tratar autistas.

William vem sendo tratado no Thoughtful House Center for Children, em Austin, um centro de tratamentos alternativos para autistas encabeçado por Andrew Wakefield, um médico inglês que vem tentando se defender em Londres da acusação de séria conduta antiética.

Mario Martinez, que tem a guarda dos dois filhos do casal, nega que o tratamento tenha feito o menino ficar mal e diz que um teste de quelação intravenosa mostrou que o menino pode seguir com esse método. Ele reserva 400 dólares para gastar com o tratamento quinzenal.

A quelação é um tratamento através de substâncias químicas usadas para extrair metais pesados que estejam contaminando o corpo do paciente. Seu uso para o autismo não tem comprovação científica, sendo considerado perigoso e ineficiente.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina só o autoriza para casos comprovados de intoxicação por metais pesados, proibindo-o para outros casos.

Father takes ex-wife to court over son's autism treatment
| Mary Ann Roser | American-statesman | 14/11/2009 |

http://www.statesman.com/news/content/news/stories/local/2009/11/14/1114thoughtful.html

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Temple Grandin, o filme

A produtora de filmes HBO lançará em fevereiro de 2010 o filme Temple Grandin, baseado na vida da famosa engenheira e especialista em comportamento animal que é uma referência mundial de pessoa autista.

Nascida em 1946, apenas três anos após a publicação do estudo de Leo Kanner, A dra. Grandin formou-se engenheira por inspiração de um professor que, percebendo o interesse da menina em construir uma máquina de abraçar, orientou-a a seguir essa carreira.

O roteiro do filme se baseia em seus dois livros autobiográficos, Uma menina estranha (Cia das Letras) e Thinking in pictures, sem tradução brasileira.

Claire Danes viverá o papel da engenheira.

O site pessoal de Temple Grandin pode ser visto aqui.

Temple Grandin film to air in February
John Maday | Drovers | 13/11/2009 |
http://www.drovers.com/news_editorial.asp?pgID=675&ed_id=6452

Temple Grandin no Internet Movie Database
http://www.imdb.com/title/tt1278469/

Criança com necessidades especiais sem acompanhamento de auxiliar educativa

| Francisco Gomes | Carlos Barroso (fotos) | Jornal das Caldas | 12/11/2009 |

Rafael tem sete anos e frequenta o 1º ano na escola do Chão da Parada, nas Caldas da Rainha. Sofre da Síndrome de Asperger, perturbação do espectro do autismo. Tem apoio pedagógico especializado nas aulas, mas passa os dias na escola sem acompanhamento de um adulto que dê resposta à falta de autonomia para tarefas como ir à casa de banho, comer ou sair da sala quando revela maior cansaço.

A mãe, Mafalda Almeida, desespera com a falta de respostas do Ministério da Educação e já recolheu o apoio dos pais das outras crianças que frequentam o estabelecimento de ensino, que reconhecem que a doença de Rafael “cria instabilidade na turma dentro da sala de aula, quando a professora se encontra a ajudar o aluno nos seus trabalhos ou nas suas ausências”.

“Apesar das crianças terem feito uma boa integração do aluno na turma, gera-se um clima de indisciplina”, manifesta o grupo de encarregados de educação numa carta enviada à Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL).

“O meu filho precisa de ser acompanhado por uma auxiliar para ir à casa de banho, durante a hora do lanche e noutras tarefas de necessidade básica que impliquem a sua autonomia”, sustenta Mafalda Almeida.

“Ele não tem a noção de ter de comer e a professora também não pode levá-lo à casa de banho e largar as outras crianças na sala de aula. Precisa de alguém para estar ao lado dele porque há dias em que não faz absolutamente nada”, conta.

A doença de Rafael acaba por perturbar os colegas, reconhece a mãe. “Às vezes, quando se encontra mais fora da normalidade, precisa de sair da sala durante uma hora. A tendência é morder-se e escarafunchar o nariz. Acaba por deitar sangue e não ter a noção da própria dor ou ferimento”, indica.

Rafael tem uma professora de apoio especializado duas vezes por semana, terapeuta da fala uma hora por semana, terapeuta ocupacional e psicóloga. Mas falta uma auxiliar em permanência.

O problema estende-se a toda a escola. Tem 46 alunos e não há auxiliar de acção educativa. Já aconteceu, nas actividades extra-curriculares, um professor não chegar a tempo por ter de se deslocar de outra escola para aquela, e as crianças ficarem sozinhas no recreio, podendo entrar qualquer pessoa e sair qualquer criança do estabelecimento de ensino.

Agrupamento sem verbas

O Ministério não atribuiu qualquer auxiliar à escola do Chão da Parada já que “a lei só determina essa obrigatoriedade a partir dos 48 alunos”, esclarece Gil Pacheco, presidente do Conselho Executivo do agrupamento de Escolas D. João II.

O reforço do número de auxiliares de educação foi solicitado à DREL pelo agrupamento mas não há prazos para que a questão seja resolvida.

O agrupamento é composto por 33 escolas, com 2200 alunos (desde o pré-escolar ao secundário) e 52 auxiliares. Apesar de ser preciso mais 14 auxiliares, “à luz da Lei, temos mais duas auxiliares do que o número obrigatório”. O problema reside “na fórmula usada pelo Ministério da Educação, que é manifestamente insuficiente para as nossas necessidades”, considera Gil Pacheco.

Outro caso

Na escola de Salir do Porto, pertencente ao mesmo agrupamento, uma menina de sete anos com deficiência motora também sente a falta de uma auxiliar educativa. “Anda de cadeira de rodas e não se consegue movimentar sozinha. Para deixar de usar fralda precisava de acompanhamento. No refeitório é a própria cozinheira quem lhe dá a comida”, lamenta a mãe, Virgínia Sutre.

Criança com necessidades especiais sem acompanhamento de auxiliar educativa
http://www.jornaldascaldas.com/index.php/2009/11/12/chao-da-parada/

domingo, 15 de novembro de 2009

Lisboa livros gratis

Lisboa distribuirá, a partir do dia 19, pequenos volumes para estimular a leitura. O primeiro livro a ter um capítulo distribuído gratuitamente nos ônibus de Lisboa é Querido Gabriel, uma carta de um pai a seu filho autista, do autor Halfdan Freihow.

A iniciativa é da Editora Objectiva e da empresa pública de transportes de Lisboa Carris. Com um investimento de 3 mi leuros por título distribuído, quatro promotoras uniformizadas entrarão nos ônibus e oferecerão as obras aos passageiros interessados.

Lisboa distribuirá livros nos ônibus para estimular leitura
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/11/13/lisboa-distribuira-livros-nos-onibus-para-incentivar-leitura-914738829.asp

sábado, 14 de novembro de 2009

Ásperguer, Autismo e empatia: estudo engloba 27 genes

Enviado por Priscilla para a Comunidade Virtual Autismo no Brasil

Traduzido pela Fga. Mônica Accioly


Cientistas da universidade de Cambridge identificaram 27 gens que estão associados com a síndrome de Asperger, e/ou com autismo e/ou com a empatia. A pesquisa será publicada em AUTISM RESEARCH.

A pesquisa foi liderada pelo Dr Bhismadey Chakrabarti e pelo professor Simon Baron-Cohen do centro de pesquisa do autismo, em Cambridge. Sessenta e oito (68) genes foram escolhidos, fosse porque eram conhecidos por participar do crescimento de neurônios, no comportamento social ou nos esteróides do hormônio sexual (testosterona e estrogênio). O último grupo de genes foi incluído considerando-se que a SA ocorre principalmente nos homens e também porque pesquisas anteriores mostraram que os níveis de testosterona fetal estão associados com traços de autismo e de empatia em crianças em desenvolvimento típico.

A pesquisa realizou dois experimentos. Primeiro, examinaram aqueles genes em 349 adultos, todos dentro do espectro do autismo e do coeficiente de empatia. Depois examinaram 174 adultos com diagnóstico formal de SA e foram feitas as devidas comparações.

A pesquisa encontrou que componentes de 27 dos 68 genes estavam associados com SA (síndrome de asperger) e/ou autismo. Dez (10) desses genes estavam ligados aos esteróides sexuais, dando suporte ao papel por eles desempenhado no autismo. Oito (8) de tais genes estavam envolvidos no crescimento dos neurônios, dando suporte à idéia de que o autismo poderia resultar de circuitos cerebrais com conexões deficientes, quando do desenvolvimento cerebral. Os demais 9 genes estariam relacionados ao comportamento social, levando alguma luz à biologia da sensitividade social e emocional.

Comentário do Dr Chakrabarti: “esses 27 genes representam conhecimentos preliminares para o entendimento das bases genéticas da SA e correlatos,como empatia. Todos são bons candidatos para outros estudos, tanto quanto ao autismo leve ou grave. Cinco (5) daqueles genes que encontramos haviam sido reportados anteriormente no autismo, mas os outros 22 nunca foram relacionados com SA, autismo ou empatia. Agora precisamos estudar como esses genes interagem.”

Professor Baron-Cohen: “Nós escolhemos pesquisar a genética da SA porque todos os outros estudos genéticos estavam focados no autismo clássico, que pode incluir as dificuldades no aprendizado e na linguagem. A SA é uma condição mais “pura”porque tai s fatores estão ausentes. Os novos resultados representam um avanço significativo em relação ao nosso trabalho anterior, ao nos mostrar que os hormônios esteróides sexuais (testosterona e estrógeno) influenciam no desenvolvimento social e no autismo. O novo estudo também confirma que outras moléculas são importantes na compreensão do autismo e da empatia.”

Síndrome de Asperger (SA) é um subgrupo do autismo. O outro subgrupo é o autismo clássico. As condições de autismo aparecem em 1% da população e o seu diagnóstico é feito tendo como base as relações sociais e a comunicação.

Referência:
Chakrabarti, B, Dudbridge, F, Kent, L, Wheelwright, S, Hill-Cawthorne, G, Allison, C, Banerjee-Basu, S, & Baron-Cohen, S. - Genes related to sex-steroids, neural growth and social-emotional behaviour are associated with autistic traits, empathy and Asperger Syndrome. Autism Research, July 16, 2009
http://www.sciencedaily.com/releases/2009/07/090715101427.htm (Diponível em 14/11/2009)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Câmara hiperbárica não é efetiva para autismo

O estudo Hyperbaric oxygen therapy treatment ineffective for children with autism (Avaliação aleatória da terapia com oxigênio hiperbárico para crianças com autismo) mostrou que a terapia HBOT (Hyperbaric Oxygen Therapy), que consiste em fornecer ar com 24% de oxigênio a uma pressão de 1,3 atm para a pessoa autista não traz efeitos significativos nos sintomas do autismo. O estudo foi conduzido pelos pesquisadores do CARD (Center for Autism and Related Disorders, Inc.) Doreen Granpeesheh; Jonathan Tarbox; Dennis R. Dixon; Arthur E. Wilke; Michael S. Allen; & James Jeffrey Bradstreet e está disponível no site da revista Research in Autism Spectrum Disorders.

A hipótese de que esse tratamento, popularizado recentemente, traria algum benefício para a pessoa autista, foi testada através de uma avaliação duplo-cega com 34 crianças autistas, comparando a HBOT com oxigênio a 24% sob 1,3 atm ministrado para 18 pacientes, com um placebo ministrado a 16 outros pacientes.

Os pesquisadores do CARD não observaram diferenças entre os dois grupos em nenhuma das medições realizadas.

Questões podem ser enviadas diretamente ao Dr. Jonathan Tarbox, pelo e-mail j.tarbox@centerforautism.com .

Também em pdf.

Center for Autism and Related Disorders Study Finds Hyperbaric Oxygen Therapy Ineffective Treatment for Children with Autism

Exemplo inglês

Autism Act 2009

O Parlamento britânico aprovou o Projeto de Lei do Autismo (Autism Bill), transformando-o no Ato do Autismo (Autism Act). Esboçado pela National Autism Society (NAS), da Inglaterra, e apresentado pelo deputado Cheryl Gillan, o projeto contou com o apoio de 16 organizações pró-autistas, tendo sido aprovado por representantes de todos os partidos ingleses.

O Ato do Autismo garante a criação da primeira estratégia para o autismo em adultos, que deverá cobrir uma ampla gama de assuntos, como: saúde, assistência social, treinamento e emprego e, principalmente, a obrigação legal das autoridades locais e das equipes do Serviço Nacional de Saúde para atender demandas específicas.

A estratégia será publicada em 1º de abril de 2010 e deverá ser implantada até dezembro daquele ano.

A NAS está com a campanha Don´t write me off, pedindo à população que escreva aos seus deputados cobrando que estes se lembrem dos adultos autistas.

Autism Act 2009
http://www.autism.org.uk/autismact2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Estudo com gêmeos indica prevalência de 88% para autismo

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins e do Instituto Kennedy Krieger e publicado nos Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine examinou o padrão de hereditariedade de desordens do espectro autista em 277 pares de gêmeos, 67 monozigóticos (idênticos) e 210 dizigóticos, com 18 anos de idade, ou menos, em que ao menos um dos irmãos se mostrou afetado. Foram analisados a concordância de diagnósticos, o histórico e os resultados para avaliação padronizada de autismo.

Observou-se que a concordância foi de 31% de casos nos gêmeos dizigóticos e de 88% para os monozigóticos. Nas meninas monozigóticas, houve 100% de concordância e nos meninos, 86%; nos pares dizigóticos, as meninas mostraram concordância de 20% e os meninos, 40%. O diagnóstico de autismo para o segundo gêmeo, depois do diagnóstico do primeiro, foi 7,48 vezes mais frequente para os monozigóticos em relação aos dizigóticos. Para os gêmeos dizigóticos individualmente afetados, os pais se mostraram preocupados mais cedo e, também, houve mais diagnósticos de deficiência intelectual do que para os gêmeos monozigóticos. Os monozigóticos tiveram maior prevalência de desordem bipolar e síndrome de Asperger e maior concordância do segundo. A correlação da avaliação de autismo com os relatos feitos pelos pais é maior do que 90%.

Segundo o estudo, os dados apontam para uma maior concordância de desordens do espectro autista nos gêmeos monozigóticos em relação aos dizigóticos. As diferenças entre a ocorrência de autismo de alto funcionamento, comorbidades psiquiátricas e síndrome de Asperger sugerem diferentes hereditariedades para diferentes tipos de autismo. Nas famílias em que um gêmeo monozigótico foi diagnosticado com autismo, é improvável que o segundo gêmeo receba o diagnóstico depois de 12 meses. Além disso, os relatos parentais de autismo pela internet são válidos.

Rosenberg, Rebecca E.; Law, J. Kiely; Yenokyan, Gayane; McGready, John; Kaufmann, Walter E.; Law, Paul A. - Characteristics and Concordance of Autism Spectrum Disorders Among 277 Twin Pairs. Arch Pediatr Adolesc Med. 2009, 163(10):907-914.
Abstract disponível em 9/11/2009 em: http://archpedi.ama-assn.org/cgi/content/abstract/163/10/907

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Busca por autista continua: mãe segue pistas, sem sucesso

| Extra | 6/11/2009 |

Para Miriam Matos Lima, que se perdeu de seu filho autista, Hudson Matos, de 17 anos, esta quinta-feira foi mais um dia em vão. Já são mais de 72 horas desde a última vez que ela viu o menino, na portaria de emergência do Hospital Getúlio Vargas (bairro da Penha, no Rio de Janeiro), até ontem, quando percorreu a Av. Brasil atrás do filho.

No início da manhã de ontem, o SOS Crianças Desaparecidas recebeu pistas. Uma delas parecia concreta. Ele estaria na Avenida Brasil, na altura do Jardim América, tentando pegar um ônibus. A descrição feita da roupa de Hudson indicaria que realmente era o garoto:

— Ele faz tratamento na Fiocruz, certamente deve estar tentando chegar lá. É uma referência que ele tem — avaliou Miriam.

O EXTRA acompanhou a mãe até o ponto da Av. Brasil onde Hudson estaria. Mas o menino não estava mais lá. Ela preferiu continuar a pé sua busca. Para Luiz Henrique Oliveira, do SOS Criança Desaparecida, esse tipo de alarme falso é comum e faz parte do processo:

— Ele pode ter pego um ônibus e sumido. Quem tiver novas informações pode ligar para (21) 2286-8337.

http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/post.asp?t=busca-por-autista-continua-mae-segue-pistas-sem-sucesso&cod_post=238626

Escola: apenas um negócio lucrativo?

O artigo "Uniban, a espetacular fábrica de canalhas", do jornalista Mauro Carrara, é uma excelente fonte de reflexão para todos nós que, de alguma forma, enfrentamos a discriminação nas escolas do Brasil. Nossos filhos, crianças e adultos autistas, passam por constrangimentos de todas as formas; nós, pais que procuramos educação para nossos filhos, um direito a eles garantido pela Constituição Federal e pelo bom senso humanitário, batemos a cara no muro do comodismo. Empresários sedentos de lucros que se travestem de educadores fecham suas portas, em vez de cumprir a obrigação que diziam ter assumido quando abriram seu negócio disfarçado de escola.

Segue abaixo um trecho do artigo de Mauro Carrara, e o link para o artigo todo, publicado no blog Eu vi o mundo.

Em anúncios publicados nos jornalões paulistas de 8 de Novembro, a Universidade Bandeirante (Uniban) anuncia que decidiu expulsar a aluna Geisy Arruda.

A estudante de Turismo sofreu bárbaro assédio coletivo no dia 22 de Outubro, na unidade de São Bernardo do Campo. O motivo: trajar na ocasião um vestido curto, num tom cereja. (...)

A universidade preferiu punir a vítima e inventar uma justificativa pitoresca para o espetáculo do bullying, registrado por câmeras do próprios alunos e vergonhosamente exposto ao mundo pelo Youtube.

Segundo os negociantes da educação, "a atitude provocativa da aluna resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar".

Seria cômico se não fosse trágico. A Uniban, mais uma das uniesquinas do Brasil, considera "defesa do ambiente escolar" a agitação do bando que ameaçava estuprar a colega e que a perseguiu aos gritos de "puta, puta, puta".

Alheia a valores e princípios, a Uniban pautou-se unicamente pela doutrina da preservação do lucro. Expulsou a mocinha da periferia e manteve as centenas de vândalos que a molestaram.

Defendeu, assim, a receita, a contabilidade, mesmo sob o risco de macular para sempre sua imagem.
Mauro Carrara: Uniban, a espetacular fábrica de canalhas

domingo, 8 de novembro de 2009

Maranhão: supermercado discrimina crianças com deficiência

A promotoria da Infância e da Juventude investiga denúncia de dsiscriminação que teria sido praticada pela empresa Mateus Supermercados, em São Luís do Maranhão.

Um grupo de estudantes con deficiência, da Escola João Mohana, no Vinhais, foi impedido de entrar na loja do Mateus Supermercados, hoje à tarde, mesmo acompanhado de pais e professores.

A proibição foi imposta pelo gerente operacional da loja, identificado por Eduardo, e pela assessora de Marketing, de nome Natália, segundo contaram os acompanhantes.

Escolas especiais costumam levam seus alunos a supermercados e outros tipos de lojas, para praticar o que se chamam "atividades de vida diária", visando prepará-los para uma vida o mais independente possível. No entanto, o gerente Eduardo e a assessora de marketing Natália barraram o grupo, alegando que a loja deveria ter iso informada antes.

Veja mais detalhes no blog do jornalista Marco Aurélio d'Eça.