Intrigada com o aumento assustador de diagnósticos de TDAH e, associado a isso, um brutal acréscimo do número de receitas do metilfenidato (nome comercial, Ritalina), Heloísa Villela entrevista o professor Manuel Vallee, da Universidade da Califórnia, campus de Berkeley, para o blog Vi o Mundo.
É que, na França, a quantidade de receitas de Ritalina é muito inferior aos Estados Unidos. Daí, veio a pergunta: a cultura de um país pode influenciar o diagnóstico?
As questões levantadas na entrevista são particularmente importantes porque estamos no limiar de uma nova era dos diagnósticos psiquiátricos. Dentro de pouco tempo, médicos do mundo todo terão em mãos o DSM-V - o Manual para diagnóstico e estatística de doenças mentais da Associação Americana de Psiquiatria talvez a edição mais polêmica do manual, uma vez que alcançará quase imediatamente o mundo, através da internet, com conceitos especialmente polêmicos, como a transformação do luto em doença - sim, a partir desse novo livrinho de cabeceira do psiquiatra norte-americano, sofrer mais de duas semanas pela perda de um ente querido merecerá um tratamento à base de remédios! - e a supressão da síndrome de Asperger, colocada no mesmo saco dos outros autismos.
Saudável na França, doente nos Estados Unidos
http://www.viomundo.com.br/entrevistas/heloisa-villela-normal-na-franca-doente-nos-estados-unidos.html
Luto merece dignidade, não diagnóstico
http://www.viomundo.com.br/denuncias/a-revolta-contra-tratar-o-luto-como-depressao.html
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