quinta-feira, 21 de abril de 2011

Protestos não incomodam Temple Grandin, engenheira autista

Meia hora antes de sua palestra no Centro Cultural Montante, da Canisius College, Temple Grandin foi surpreendida por protestos de ativistas de defesa dos direitos dos animais.

A doutora Grandin, especialista do manejo de animais para o abate em matadouros, a engenheira de 63 anos é autista e mundialmente famosa pelos livros que publicou sobre sua especialidade e sobre o autismo e, recentemente, ganhou mais projeção com um filme sobre sua juventude. Ela é professora da Universidade Estadual do Colorado.

Ela afirma que lhe perguntam se ela é vegan ou vegetariana, o que nega. "Antes de tudo, tenho um metabolismo que não funcionaria sem proteína animal, e uma das coisas que penso é que todos esses animais desenvolvidos para nos servir como alimento jamais existiriam se não os tivéssemos selecionado assim", ela explicou para os repórteres.

Sua preocupação por humanizar o manejo do gado foi apresentada no filme da HBO, Temple Grandin, premiado com o Emmy de 2010, com a atriz Claire Danes representando seu papel. Também seus esforços para lidar com o seu autismo foi retratado no drama.

Sua palestra, "Comportamento animal, autism e pensamento baseado nos sentidos" atraiu um público de cerca de mil pessoas.

“Uma questão que pretendo esclarecer na minha palestra é... ‘Os animais sabem que estão sendo encaminhados para o abate?’ Eu tive de respondê-la muito cedo em minha carreira”, ela diz.

Ao observar os animais no pasto e no matadouro da Swift, no Arizona, Grandin notou que eles eram muito mais afetados por movimentos e son inesperados do que qualquer aparente preocupação com a morte.

“Descobri que os animais ficavam assustados com uma corrente pendurada ou um reflexo, você sabe, objetos a se mover. Ao eliminar essas distrações, vão direto para o abate”, afirma.

Essas observações a levaram a redesenhar as instalações para o abate de animais.

“Vou falar sobre diferentes formas de pensar. Algumas pessoas autistas são pensadores visuais, como eu. Penso com figuras fotorrealistas. Não posso, absolutamente, com álgebra, talvez geometria e trigonometria,” explica.

“Outro tipo de mente é o pensador por padrões. Por exemplo, os brilhantes sujeitos do Vale do Silício que têm síndrome de Asperger, uma forma branda de autismo (...) E há um terceiro tipo, o pensador por palavras. Eles conhecem palavras muito bem e saberão tudo sobre seu interesse favorito.”

Grandin, 63, is a professor of animal sciences at Colorado State University. She has received many rewards for her research and work on behalf of animal welfare.
Protesters don’t bother animal science doctor

: Harold McNeil : Buffalo News : April 21, 2011 :


A half-hour before she was scheduled to talk Wednesday in Canisius College’s Montante Cultural Center, Temple Grandin, a doctor of animal science, was unaware of the animal rights activists who had gathered outside to protest her visit.

Once informed, Grandin was unfazed.

“I get asked all the time if I’m a vegan or a vegetarian, and I’m not. First of all, I have a metabolism that won’t function without animal protein, and one of the things you’ve got to realize is that all of the animals that were raised for food would never have existed if we hadn’t bred them,” Grandin told reporters, in a brief interview before the lecture.

“But I feel very strongly that we’ve got to give those animals a life that is worth living.”

Grandin’s passion for ensuring that cattle and other livestock are treated humanely was documented in an Emmy Award-winning 2010 HBO film drama titled, “Temple Grandin,” starring Claire Danes as Grandin. The film also dealt with her struggles as a high-functioning autistic.

Grandin’s lecture, titled “Animal Behavior, Autism and Sensory Based Thinking,” attracted a crowd of about 1,000.

“One question I think I will answer tonight is . . . ‘Do the cattle know they’re going to get slaughtered?’ And I had to answer that question very early in my career,” she said.

Observing cattle in the feed yard at the Swift plant in Arizona, Grandin said she noticed they were far more affected by unexpected movements and sound than any apparent preoccupation with mortality.

“I found the animals were afraid of a chain hanging down or a reflection, you know, moving objects. If you eliminated those distractions, they’d go right up the chute,” she said.

Her observations led her to design livestock-handling facilities.

“Mostly I’m going to talk about different kinds of thinking. Some people with autism are visual thinkers, like me. I think in photo-realistic pictures. I absolutely couldn’t do algebra, maybe geometry and trig,” she said.

“Another kind of mind is the pattern thinker. These are the brilliant guys out in Silicon Valley that have [Asperger’s syndrome], which is just mild autism. . . . Then there is a third type where they’re a word thinker. They know words very well, and they’ll know every fact about their favorite subject.”

Grandin, 63, is a professor of animal sciences at Colorado State University. She has received many rewards for her research and work on behalf of animal welfare.
Protesters don’t bother animal science doctor
http://www.buffalonews.com/city/communities/buffalo/article398331.ece


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